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Maduro afirma que falou com Zapatero sobre diálogo na Venezuela

30/08/2017 21h49

Caracas, 30 ago (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quarta-feira que se reuniu com o ex-chefe do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, para falar sobre a continuidade de um diálogo politico no país com seus opositores.

"(Estivemos) trabalhando todos os temas que têm a ver com o diálogo, o acompanhamento do diálogo, e a convocação da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac)", disse o governante durante um discurso na sede do governo que foi transmitido por rádio e televisão.

Dito encontro contou ainda com a presença da presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC), a ex-chanceler Delcy Rodríguez, e seu irmão Jorge Rodríguez, prefeito do município de Libertador - ambos representantes do governo para as conversas com a oposição.

Na reunião, da qual se soube antes por imagens sem som da conversa divulgada através da emissora de televisão estatal "VTV", também estava a primeira-dama venezuelana e constituinte, Cilia Flores.

Maduro explicou que com Zapatero, que lidera o processo de mediação, também falou sobre "o convite especial que se vai fazer à comissão de diálogo para apresentar um relatório".

Como um dos mediadores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para a Venezuela, Zapatero começou a visitar o país desde meados de maio de 2016 para promover um diálogo entre o governo e a oposição agrupada dentro da aliança Mesa da Unidade Democrática (MUD) que começou formalmente em outubro do ano passado.

Meios de comunicação locais asseguraram que, antes de seu encontro com Maduro, o ex-chefe do governo espanhol se reuniu também com os opositores, mas a coalizão opositora não confirmou esta informação.

Além do politico socialista espanhol, os ex-presidentes Leonel Fernández (República Dominicana) e Martín Torrijos (Panamá) operam como mediadores nestas reuniões que, pelo menos formalmente, foram suspensas em dezembro do ano passado pelo suposto incumprimento pelas partes dos acordos alcançados na mesa.