Esperança de achar sobreviventes se reduz em um México que mira reconstrução
Paola Martínez Castro.
Cidade do México, 26 set (EFE).- A esperança de encontrar sobreviventes entre os escombros vai se desvanecendo no sétimo dia de trabalhos de resgate nos edifícios colapsados pelo terremoto na capital do México da semana passada, enquanto o governo prepara a reconstrução.
As tarefas de busca de sobreviventes continuam em cinco pontos da Cidade do México, entre eles o edifício do número 286 da avenida Álvaro Obregón, na Colónia Roma, onde se acredita que 35 pessoas ainda estejam entre os escombros.
O chefe de governo da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, reiterou hoje que os socorristas trabalharão até recuperar a última pessoa dentre os escombros.
"A força e energia dos moradores desta cidade nos mantém de pé mais do que nunca", afirmou Mancera em uma coletiva de imprensa, na qual ofereceu detalhes do programa da reconstrução após o terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter que derrubou 38 edifícios da capital e danificou mais de 10.000 imóveis.
Segundo o mais recente balanço das autoridades, 333 pessoas morreram no sismo - nove deles estrangeiros -, 194 na capital do país, 74 em Morelos, 45 em Puebla, 13 no Estado do México, seis em Guerrero e uma em Oaxaca, enquanto milhares ficaram feridas, das quais mais de 30 seguem hospitalizadas na Cidade do México.
Mancera anunciou a criação da Plataforma CDMX para o atendimento integral de necessidades, de um pacote inicial de resposta a emergências sociais e econômicas e de uma comissão para a reconstrução, recuperação e transformação da cidade.
A Plataforma CDMX, na qual participarão o governo da capital e a sociedade civil, abrigará dados oficiais para o acompanhamento, controle e coordenação de ações de apoio em resposta às urgências sociais sobre imóveis, pessoas e negócios.
Isso permitirá um melhor desdobramento dos programas de atenção e apoio perante qualquer urgência e processo de recuperação, destacou Mancera.
O plano atenderá 10.000 imóveis catalogados como cor verde (afetação leve), entre 1.200 e 1.300 em amarelo (dano significativo não estrutural) e 500 em vermelho (falha estrutural).
Além disso, o pacote inicial de resposta abrange a entrega de apoios para aluguel de moradia por um período de três meses. Os recursos serão fornecidos pelo Instituto de Moradia da Cidade do México e beneficiarão 10.000 famílias, detalhou o chefe de governo, que aproveitou para agradecer aos milhões de voluntários que trabalham nas buscas.
Angélica Rodríguez, estudante de Direito de 22 anos, é uma representante desse grande contingente de jovens que há uma semana estão ajudando nas ruas.
"Se estivesse em uma situação similar, eu gostaria de receber apoio", disse à Efe esta jovem que está "escondida" entre as ruínas do edifício da Álvaro Obregón, porque seus pais não lhe deixam ajudar por medo de que lhe possa acontecer algo.
Não é o caso de Carlos Alberto Vázquez, cuja mãe está orgulhosa de que "esteja contribuindo", algo que para este formado em Relações Internacionais é um dever.
"Queria dar comida, mas desgraçadamente as possibilidades econômicas não me permitem, então é melhor botar a mão na massa", acrescentou.
Por outro lado, as equipes de resgate que chegaram do exterior começaram a ir embora nas últimas horas, entre elas as de Japão, Panamá, Equador e El Salvador, que foram homenageadas no aeroporto da capital, em uma demonstração de que os trabalhos entre os escombros estão chegando ao seu fim.
Cidade do México, 26 set (EFE).- A esperança de encontrar sobreviventes entre os escombros vai se desvanecendo no sétimo dia de trabalhos de resgate nos edifícios colapsados pelo terremoto na capital do México da semana passada, enquanto o governo prepara a reconstrução.
As tarefas de busca de sobreviventes continuam em cinco pontos da Cidade do México, entre eles o edifício do número 286 da avenida Álvaro Obregón, na Colónia Roma, onde se acredita que 35 pessoas ainda estejam entre os escombros.
O chefe de governo da Cidade do México, Miguel Ángel Mancera, reiterou hoje que os socorristas trabalharão até recuperar a última pessoa dentre os escombros.
"A força e energia dos moradores desta cidade nos mantém de pé mais do que nunca", afirmou Mancera em uma coletiva de imprensa, na qual ofereceu detalhes do programa da reconstrução após o terremoto de magnitude 7,1 na escala Richter que derrubou 38 edifícios da capital e danificou mais de 10.000 imóveis.
Segundo o mais recente balanço das autoridades, 333 pessoas morreram no sismo - nove deles estrangeiros -, 194 na capital do país, 74 em Morelos, 45 em Puebla, 13 no Estado do México, seis em Guerrero e uma em Oaxaca, enquanto milhares ficaram feridas, das quais mais de 30 seguem hospitalizadas na Cidade do México.
Mancera anunciou a criação da Plataforma CDMX para o atendimento integral de necessidades, de um pacote inicial de resposta a emergências sociais e econômicas e de uma comissão para a reconstrução, recuperação e transformação da cidade.
A Plataforma CDMX, na qual participarão o governo da capital e a sociedade civil, abrigará dados oficiais para o acompanhamento, controle e coordenação de ações de apoio em resposta às urgências sociais sobre imóveis, pessoas e negócios.
Isso permitirá um melhor desdobramento dos programas de atenção e apoio perante qualquer urgência e processo de recuperação, destacou Mancera.
O plano atenderá 10.000 imóveis catalogados como cor verde (afetação leve), entre 1.200 e 1.300 em amarelo (dano significativo não estrutural) e 500 em vermelho (falha estrutural).
Além disso, o pacote inicial de resposta abrange a entrega de apoios para aluguel de moradia por um período de três meses. Os recursos serão fornecidos pelo Instituto de Moradia da Cidade do México e beneficiarão 10.000 famílias, detalhou o chefe de governo, que aproveitou para agradecer aos milhões de voluntários que trabalham nas buscas.
Angélica Rodríguez, estudante de Direito de 22 anos, é uma representante desse grande contingente de jovens que há uma semana estão ajudando nas ruas.
"Se estivesse em uma situação similar, eu gostaria de receber apoio", disse à Efe esta jovem que está "escondida" entre as ruínas do edifício da Álvaro Obregón, porque seus pais não lhe deixam ajudar por medo de que lhe possa acontecer algo.
Não é o caso de Carlos Alberto Vázquez, cuja mãe está orgulhosa de que "esteja contribuindo", algo que para este formado em Relações Internacionais é um dever.
"Queria dar comida, mas desgraçadamente as possibilidades econômicas não me permitem, então é melhor botar a mão na massa", acrescentou.
Por outro lado, as equipes de resgate que chegaram do exterior começaram a ir embora nas últimas horas, entre elas as de Japão, Panamá, Equador e El Salvador, que foram homenageadas no aeroporto da capital, em uma demonstração de que os trabalhos entre os escombros estão chegando ao seu fim.
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