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Atriz Heather Lind acusa ex-presidente dos EUA George HW Bush de assédio

25/10/2017 15h54

Austin (EUA), 25 out (EFE).- A atriz americana Heather Lind acusou o ex-presidente dos Estados Unidos George H.W. Bush (1989-1993) de ter passado a mão em seu traseiro em duas ocasiões enquanto lhe contava uma "piada obscena" em Houston, no Texas, durante um evento promocional de uma série na qual a intérprete trabalhou, informou nesta quarta-feira a revista "People".

Lind, de 34 anos, explicou em um texto publicado na rede social Instagram - que foi apagado posteriormente - que o incidente aconteceu enquanto ela posava para uma foto com Bush pai durante a promoção da série televisiva "TURN: Washington's Spies" em 2014, segundo a revista.

A atriz detalhou que ela estava de pé ao lado do ex-presidente, que tem 93 anos, quando ele, sentado em sua cadeira de rodas, "lhe apalpou" em duas ocasiões, mesmo com sua esposa Barbara Bush ao lado, e lhe contou uma "piada obscena".

O porta-voz de Geroge H.W. Bush, Jim McGrath, afirmou em comunicado que o ex-presidente "nunca, sob nenhuma circunstância, causaria intencionalmente angústia a ninguém".

"(Geroge H.W. Bush) pede desculpas sinceras se sua tentativa de humor ofendeu a senhora Lind", acrescentou o porta-voz.

Na publicação de Lind no Instagram, que foi compartilhada em seu perfil oficial, a atriz garantiu que se sentiu "incomodada" depois que viu uma foto de Bush apertando a mão do ex-presidente Barack Obama neste fim de semana durante um evento para arrecadar fundos para as vítimas do furacão Harvey, que foi organizado pelos cinco ex-presidentes vivos do país.

"O que me consola é que eu também posso usar o meu poder, que na realidade não é tão diferente do de um presidente", escreveu Lind, que acredita que pode representar uma mudança positiva com esse gesto.

A atriz concluiu sua publicação com a 'hashtag' "me, too" ("eu também", em tradução livre), uma campanha contra as agressões sexuais que inundou as redes na última semana e na qual muitas mulheres compartilharam histórias pessoais de assédio sexual.

A campanha ganhou força após a explosão do recente escândalo envolvendo Harvey Weinstein, um dos produtores mais poderosos de Hollywood, que foi acusado por dezenas de mulheres de comportamento sexual abusivo e estupro.