Cristãos chineses são obrigados a substituir quadros de Cristo pelos de Xi
Pequim, 14 nov (EFE).- As autoridades de uma comunidade do sul da China com uma considerável presença de cristãos estão obrigando os fiéis da região a retirar das suas casas os retratos de Jesus Cristo, cruzes e outros símbolos religiosos para substituí-los por quadros com a imagem do presidente Xi Jinping.
Segundo informa nesta terça-feira o jornal "South China Morning Post", milhares de cristãos da comarca de Yugan, situada na província de Jiangxi, cederam a estas pressões, alguns sob a ameaça de deixar de receber ajudas econômicas para atenuar sua pobreza.
Dados extraoficiais indicam que 10% da população em Yugan vive abaixo da linha de pobreza (com receitas inferiores a US$ 1 por dia), porcentagem que coincide com a de cristãos na região, segundo o jornal.
As autoridades locais lançaram uma campanha para "transformar crentes na religião em crentes no Partido" que inclui a entrega de centenas de retratos do presidente Xi e visitas de líderes a comunidades pobres cristãs para convencer-lhes a mudar seus ícones domésticos.
"Muitos camponeses são ignorantes, acreditam que deus é seu salvador, mas depois do trabalho dos líderes se darão conta dos seus erros e verão que já não devem apoiar-se em Jesus, mas no Partido Comunista", destacou o presidente de uma das assembleias locais, Qi Yan, citado pelo "South China Morning Post".
O aumento da concentração de poder nas mãos de um só líder, Xi Jinping, um processo que não ocorria na China desde a morte de Mao Tsé-Tung há 41 anos, vai acompanhado de casos de culto à personalidade do atual presidente que lembram os que houve em torno do Grande Timoneiro durante a Revolução Cultural (1966-76).
Foi precisamente a partir do fim desse movimento que distintos ramos do cristianismo foram entrando em comunidades rurais e urbanas de algumas partes da China, formando uma comunidade religiosa crescente que, segundo algumas estimativas, já supera os 90 milhões de membros do Partido Comunista.
Durante o governo de Xi houve um aumento das pressões do regime contra as crenças religiosas, como a retirada em massa de símbolos cristãos no leste do país ou várias medidas de limitação da fé islâmica no noroeste, sob a justificativa da luta contra o jihadismo.
Segundo informa nesta terça-feira o jornal "South China Morning Post", milhares de cristãos da comarca de Yugan, situada na província de Jiangxi, cederam a estas pressões, alguns sob a ameaça de deixar de receber ajudas econômicas para atenuar sua pobreza.
Dados extraoficiais indicam que 10% da população em Yugan vive abaixo da linha de pobreza (com receitas inferiores a US$ 1 por dia), porcentagem que coincide com a de cristãos na região, segundo o jornal.
As autoridades locais lançaram uma campanha para "transformar crentes na religião em crentes no Partido" que inclui a entrega de centenas de retratos do presidente Xi e visitas de líderes a comunidades pobres cristãs para convencer-lhes a mudar seus ícones domésticos.
"Muitos camponeses são ignorantes, acreditam que deus é seu salvador, mas depois do trabalho dos líderes se darão conta dos seus erros e verão que já não devem apoiar-se em Jesus, mas no Partido Comunista", destacou o presidente de uma das assembleias locais, Qi Yan, citado pelo "South China Morning Post".
O aumento da concentração de poder nas mãos de um só líder, Xi Jinping, um processo que não ocorria na China desde a morte de Mao Tsé-Tung há 41 anos, vai acompanhado de casos de culto à personalidade do atual presidente que lembram os que houve em torno do Grande Timoneiro durante a Revolução Cultural (1966-76).
Foi precisamente a partir do fim desse movimento que distintos ramos do cristianismo foram entrando em comunidades rurais e urbanas de algumas partes da China, formando uma comunidade religiosa crescente que, segundo algumas estimativas, já supera os 90 milhões de membros do Partido Comunista.
Durante o governo de Xi houve um aumento das pressões do regime contra as crenças religiosas, como a retirada em massa de símbolos cristãos no leste do país ou várias medidas de limitação da fé islâmica no noroeste, sob a justificativa da luta contra o jihadismo.
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