Rússia diz que condenação de Mladic prejudica reconciliação nos Balcãs
Moscou, 23 nov (EFE).- A Rússia denunciou nesta quinta-feira que a sentença imposta ao ex-chefe militar servo-bósnio Ratko Mladic, condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade, é "prejudicial e política", tem um "viés anti-sérvio" e "prejudica o processo de reconciliação nos Balcãs".
A sentença do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) se baseia em uma "interpretação anti-sérvia dos trágicos eventos dos anos 90 na antiga Iugoslávia, e ao invés de ajudar a punir os crimes de guerra, prejudica o processo de reconciliação nos Balcãs", disse à imprensa a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Além disso, Moscou condenou o fato de a sentença do TPII "não mencionar o caráter ilegal das operações militares da ONU nos Balcãs", por não terem sido autorizadas pelo Conselho de Segurança.
"Esperamos que a atividade do TPII termine antes do final de 2017", ressaltou Zakharova.
Mladic, conhecido como "o açougueiro da Bósnia", foi condenado à prisão perpétua pela Justiça internacional, que o considerou "culpado" de crimes de contra a humanidade e genocídio durante a guerra bósnia (1992-1995).
Segundo os juízes, o ex-chefe militar contribuiu "significativamente" para a eliminação de muçulmanos e croatas da Bósnia entre maio de 1992 e novembro de 1995.
A corte internacional considerou provado que o acusado comandou as forças que praticaram os crimes na Bósnia.
A sentença do Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) se baseia em uma "interpretação anti-sérvia dos trágicos eventos dos anos 90 na antiga Iugoslávia, e ao invés de ajudar a punir os crimes de guerra, prejudica o processo de reconciliação nos Balcãs", disse à imprensa a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Além disso, Moscou condenou o fato de a sentença do TPII "não mencionar o caráter ilegal das operações militares da ONU nos Balcãs", por não terem sido autorizadas pelo Conselho de Segurança.
"Esperamos que a atividade do TPII termine antes do final de 2017", ressaltou Zakharova.
Mladic, conhecido como "o açougueiro da Bósnia", foi condenado à prisão perpétua pela Justiça internacional, que o considerou "culpado" de crimes de contra a humanidade e genocídio durante a guerra bósnia (1992-1995).
Segundo os juízes, o ex-chefe militar contribuiu "significativamente" para a eliminação de muçulmanos e croatas da Bósnia entre maio de 1992 e novembro de 1995.
A corte internacional considerou provado que o acusado comandou as forças que praticaram os crimes na Bósnia.
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