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Embarcação brasileira e avião russo se somam às buscas de submarino argentino

24/11/2017 12h44

Buenos Aires, 24 nov (EFE).- Um embarcação da Marinha do Brasil e um avião de exploração da Rússia se somarão nas próximas horas às buscas do submarino "ARA San Juan", da Marinha argentina, do qual não se têm notícias desde o último dia 15, informaram nesta sexta-feira fontes oficiais.

"Até o momento não foi possível detectar fidedignamente o submarino 'San Juan'", disse hoje o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, ao repassar à imprensa o primeiro relatório de hoje sobre o status das operações de busca.

Balbi detalhou que se incorporarão ao "esforço de busca" uma embarcação de apoio e resgate de submarino da Marinha do Brasil e confirmou que chegará em breve uma aeronave de exploração, o Antonov, da Marinha da Rússia.

O porta-voz confirmou ainda que se trabalha no porto de Comodoro Rivadavia na modificação da cobertura e da popa da embarcação "Sophie Siem", da companhia petrolífera chilena Sipetrol, para embarcar um minissubmarino que integra o esquadrão de resgate de submarinos dos Estados Unidos, com capacidade para descer até 600 metros de profundidade.

"Primeiro é preciso localizá-lo e ver a que profundidade está. Depois vamos nos limitar àqueles limites operacionais com o melhor material que existe no mundo de resgate de submarinos acidentadas", disse Balbi, que advertiu que "a área é muito ampla, o meio é hostil e a busca é muito difícil".

O porta-voz também foi consultado sobre declarações de familiares dos 44 tripulantes do submarino, que nesta quinta-feira disseram à imprensa que chefes da Marinha lhes tinham comunicado que o veículo tinha sofrido uma explosão e que todos os submarinistas estavam mortos.

"Não foi assim a situação", garantiu o porta-voz, que disse que averiguou se essa comunicação tinha sido nesses termos e isso foi descartado.

Balbi reconheceu que, embora neste caso não se tenha comunicado aos familiares tal informação, a Marinha não é "infalível" e pode "cometer erros" na comunicação.

"Tentamos dar o melhor nesta situação, que é crítica e única", comentou.

Com relação à explosão registrada no mar no dia 15, três horas depois do último relatório de posição do submarino e a cerca de 30 milhas desse ponto, Balbi disse que "inferimos que poderia chegar a ser do submarino", mas esclareceu que, como isso não está demonstrado, as buscas prosseguem em toda a região.