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Candidato à presidência da Colômbia é detido por suposta corrupção

28/11/2017 13h43

Barranquilha (Colômbia), 28 nov (EFE).- O candidato à presidência da Colômbia Carlos Caicedo Omar foi detido como parte de uma investigação por supostas irregularidades em licitações de obras para a cidade de Santa Marta - da qual foi prefeito - que ainda não estão terminadas.

Caicedo foi detido no aeroporto de Santa Marta quando o político se preparava para viajar a Bogotá para entregar ao Registro Nacional do Estado Civil, entidade que se encarrega de todas as jornadas de votação, as duas milhões de assinaturas que aprovariam a sua candidatura à presidência.

Também foi detido por ordem do Ministério Público da Colômbia o atual prefeito da cidade, Rafael Alejandro Martínez, que estava suspenso do cargo desde 10 de novembro pela sua suposta participação na política para favorecer as aspirações de Caicedo.

As detenções estão relacionadas com as investigações sobre os papéis desempenhados por Caicedo e Martínez nos contratos de construção de postos de saúde em Santa Marta e de pavimentação de estradas.

Horas antes, Martínez tinha dito à emissora "Radio Galeón", de Santa Marta, que a prisão de Caicedo fazia parte de um "show midiático a serviço de interesses políticos" e que depois as autoridades iriam atrás dele, como efetivamente ocorreu.

Martínez está suspenso do cargo porque, segundo o Ministério Público, o governante de Santa Marta estaria apoiando a campanha de Caicedo à presidência.

De acordo com o órgão, Martínez pode ter afetado os princípios de igualdade, moralidade e imparcialidade a favor do ex-prefeito "com o aparente propósito de localizá-lo numa situação de vantagem frente aos outros candidatos e incidindo no debate democrático".

O órgão afirmou que na formulação de acusações se qualificou a falta do prefeito "como gravíssima a título de dolo". A informação detalhou que Caicedo, que oficializou a aspiração presidencial em 21 de junho, participou das inaugurações das sedes esportivas dos Jogos Bolivarianos disputados em Santa Marta.

O Ministério Público indicou que, desde 8 de novembro, tinha solicitado a Martínez que se abstivesse de comparecer a eventos da prefeitura acompanhado do antecessor.