Salma Hayek denuncia que foi ameaçada de morte por Harvey Weinstein
Nova York, 13 dez (EFE).- Dois meses após a divulgação das primeiras acusações contra Harvey Weinstein, a atriz Salma Hayek denunciou nesta quarta-feira que o produtor já a assediou em diversas ocasiões, a ameaçou de morte e a pressionou para gravar cenas de sexo.
Em coluna publicada em "The New York Times", a atriz mexicana relatou que precisou dizer "não" a Weinstein quando o produtor propunha que tomassem banho juntos e se oferecia a fazer massagens ou a praticar sexo oral.
Hayek confessa que inicialmente pensou que seu depoimento não era necessário, por muitas mulheres já terem falado sobre o assunto e acreditar que seu testemunho fosse mudar nada, mas chegou à conclusão que contar a sua história seria o único modo de "resolver esse capítulo" de sua vida.
A atriz define Weinstein como "um cinéfilo apaixonado, que assume risco, um mecenas da indústria do cinema, um pai carinhoso e um monstro" e detalha o inferno que foi trabalhar com o produtor no filme "Frida" em 2002.
Ainda em dúvida, Hayek reflete se foi a amizade que tem com grandes nomes como Quentin Tarantino, George Clooney, o diretor Robert Rodríguez e sua então esposa, a produtora Elizabeth Avellan, o que a salvou "de ser estuprada".
Hayek lembra de uma ocasião em que Weinstein fez toda a equipe sair do set de gravação, exceto ela, para então dizer que interpretar Frida Kahlo com sua monocelha a deixava menos atraente. Segundo o produtor, o único ponto positivo da atriz era o "sex appeal", e que "não havia nada disso no filme".
Após esta discussão, o produtor falou que cancelaria o filme, mas aceitou continuar com as gravações contanto que Hayek aceitasse gravar uma cena de sexo com a atriz Ashley Judd, que também denunciou assédio por parte de Weinstein.
No dia em que teve de gravar a cena de sexo, Hayek sofreu um ataque de ansiedade, "pela primeira e última vez" na carreira, e começou a chorar enquanto o seu corpo tremia de forma descontrolada.
"Não estava assim porque estava nua com outra mulher. Estava porque ficaria nua com uma mulher para o prazer de Harvey Weinstein", afirmou a atriz.
Hayek disse esperar que esta história sirva para entender "por que é tão difícil" denunciar e por que as suas colegas de profissão esperaram tanto tempo antes de darem início às acusações.
"Os homens assediavam porque podiam. As mulheres estão falando agora porque, nesta nova era, finalmente podem", concluiu a atriz. EFE
ssc/vnm
Em coluna publicada em "The New York Times", a atriz mexicana relatou que precisou dizer "não" a Weinstein quando o produtor propunha que tomassem banho juntos e se oferecia a fazer massagens ou a praticar sexo oral.
Hayek confessa que inicialmente pensou que seu depoimento não era necessário, por muitas mulheres já terem falado sobre o assunto e acreditar que seu testemunho fosse mudar nada, mas chegou à conclusão que contar a sua história seria o único modo de "resolver esse capítulo" de sua vida.
A atriz define Weinstein como "um cinéfilo apaixonado, que assume risco, um mecenas da indústria do cinema, um pai carinhoso e um monstro" e detalha o inferno que foi trabalhar com o produtor no filme "Frida" em 2002.
Ainda em dúvida, Hayek reflete se foi a amizade que tem com grandes nomes como Quentin Tarantino, George Clooney, o diretor Robert Rodríguez e sua então esposa, a produtora Elizabeth Avellan, o que a salvou "de ser estuprada".
Hayek lembra de uma ocasião em que Weinstein fez toda a equipe sair do set de gravação, exceto ela, para então dizer que interpretar Frida Kahlo com sua monocelha a deixava menos atraente. Segundo o produtor, o único ponto positivo da atriz era o "sex appeal", e que "não havia nada disso no filme".
Após esta discussão, o produtor falou que cancelaria o filme, mas aceitou continuar com as gravações contanto que Hayek aceitasse gravar uma cena de sexo com a atriz Ashley Judd, que também denunciou assédio por parte de Weinstein.
No dia em que teve de gravar a cena de sexo, Hayek sofreu um ataque de ansiedade, "pela primeira e última vez" na carreira, e começou a chorar enquanto o seu corpo tremia de forma descontrolada.
"Não estava assim porque estava nua com outra mulher. Estava porque ficaria nua com uma mulher para o prazer de Harvey Weinstein", afirmou a atriz.
Hayek disse esperar que esta história sirva para entender "por que é tão difícil" denunciar e por que as suas colegas de profissão esperaram tanto tempo antes de darem início às acusações.
"Os homens assediavam porque podiam. As mulheres estão falando agora porque, nesta nova era, finalmente podem", concluiu a atriz. EFE
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