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Grupo islâmico senegalês declara Rihanna 'persona non grata' por sua visita

29/01/2018 17h31

Dacar, 29 jan (EFE).- Um grupo islâmico do Senegal chamado "Coletivo Anti-Franco-Maçons" declarou nesta segunda-feira como 'persona non grata' a cantora pop Rihanna, que visitará o país africano por causa da cúpula sobre o financiamento da Aliança Mundial para a Educação, que acontecerá em Dacar nos dias 2 e 3 de fevereiro.

Rihanna é embaixadora da boa vontade da organização, por isso comparecerá a Dacar, entre outras celebridades, com o objetivo de angariar fundos para financiar a educação no mundo.

Em um comunicado remitido hoje, o citado grupo islâmico qualifica a viagem de Rihanna como parte de um "amplo plano demoníaco (...) para fazer do Senegal um centro de perversão universal".

"Os senegaleses questionam de forma legítima o que uma figura como Rihanna poderia contribuir para a educação de nossas crianças", explicou o grupo no comunicado.

Esta não é a primeira vez que este coletivo levanta a sua voz, já que conseguiu o cancelamento de um encontro de franco-maçons africanos que estava previsto para a semana passada em Dacar.

Nas redes sociais senegalesas, a viagem de Rihanna foi alvo de debate nos últimos dias: um usuário chamado Thiedo Fall considera que as ações do grupo islâmico "causarão muitos danos" para a imagem do Senegal".

"Este país pertence a todo o mundo, não somente aos muçulmanos", comentou o internauta.

A polêmica fez com que o ministro da Educação do país, Serigne Mbaye Thiam, esclarecesse que a estrela pop virá a Dacar como "convidada" da Aliança Mundial pela Educação.