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Homem que degolou 5 estudantes é condenado a 216 anos de prisão na Costa Rica

30/01/2018 16h23

San José, 30 jan (EFE).- Um Tribunal da Costa Rica condenou nesta terça-feira a 216 anos de prisão um homem identificado como Gerardo Ríos Mairena, acusado de degolar cinco estudantes universitários e de ferir gravemente uma menor de idade há um ano.

O Tribunal Penal de Liberia, na província de Guanacaste, emitiu hoje a sentença na qual condena o réu à pena máxima de 35 anos de prisão por cada um dos cinco crimes de homicídio qualificado, 35 anos por uma tentativa de assassinato e seis anos de prisão pelo crime de abuso sexual contra uma pessoa maior de idade.

"É um total de 216 anos de prisão que a lei indica que devem se adequar a 50 anos de prisão", expressou o juiz Guillermo Arce Arias, que se encarregou de detalhar as provas que levaram à condenação anunciada hoje.

Os fatos ocorreram em 19 de janeiro de 2017 na cidade de Liberia, quando aparentemente o homem, de 34 anos, invadiu a casa onde estavam as vítimas, as amarrou e as atacou com arma branca.

As vítimas foram identificadas como Joseph Briones, de 22 anos; Dayana Martínez Romero, de 24; Stephanie Hernández García, de 25; Ariel Vargas Condega, de 24, e Angie Serrano Mendoza, de 24. Uma menor de idade de 14 anos sobreviveu a um ferimento na traqueia.

Arce indicou que a sentença foi emitida após chegar ao pleno "convencimento" de que Mairena foi o autor dos crimes.

Os juízes analisaram 27 declarações de testemunhas e peritos, bem como 70 provas documentais, a maioria de relatórios policiais, observaram as fotografias da cena do crime e analisaram os vídeos para chegar à conclusão de que o homem é culpado.

Uma das provas que o colocam como autor dos crimes é o testemunho da menor, que o identificou em um reconhecimento direto e detalhou que o agressor tinha uma tatuagem no lado direito das costas com algumas letras chinesas em azul, como Mairena.

O acusado, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, era vizinho dos estudantes e parente da pessoa que alugava a eles o imóvel.

"Você estava gozando de um benefício. O sistema de justiça lhe deu um voto de confiança, lhe deu uma oportunidade de se comportar conforme as regras se mantendo em liberdade e você devolveu essa confiança dada pelo país, através do seu sistema de justiça, acabando com a vida de cinco pessoas e tentando acabar com a vida de mais uma", disse Arce.

Os oficiais de justiça revistaram a casa de Mairena dias após o crime e encontraram evidências que permitiram sua detenção. Desde então, o homem cumpre prisão preventiva.