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Diálogo entre governo e oposição na Venezuela continuará na 2ª feira

31/01/2018 17h20

Santo Domingo, 31 jan (EFE).- As tentativas de diálogo entre o governo da Venezuela e a oposição continuarão na próxima segunda-feira, anunciou o presidente da República Dominicana, Danilo Medina, anfitrião das conversas, ao término da reunião desta quarta-feira.

Medina explicou que ambas as partes assinaram "uma ata com os avanços da agenda do diálogo", mas que há assuntos pendentes que devem ser discutidos em Caracas, por isso as partes terão vários dias para voltarem à mesa de diálogo em Santo Domingo.

O presidente dominicano assinalou que não é possível oferecer detalhes dos avanços, pois o princípio que guia essas conversas é que "nada está estipulado até que tudo esteja estipulado".

Após a reunião de hoje, "as partes se transferem para Caracas para começarem as consultas e se reunirem, e temos um prazo de entre três e cinco dias, até a próxima segunda-feira, para chegarmos a um acordo", acrescentou Medina.

O governo venezuelano e uma oposição dividida iniciaram na segunda-feira uma nova rodada de diálogo que se estendeu até hoje após a polêmica antecipação das eleições presidenciais nas quais o governante Nicolás Maduro tentará a reeleição.

A antecipação das eleições e o processo obrigatório de registro e validação dos partidos que foram decretados pela Assembleia Constituinte, de maioria governista, marcaram esta nova rodada de conversas.

A oposição anunciou no sábado que exigirá nesta nova rodada "garantias eleitorais que permitam eleições justas" e indicou que as conversas representam "uma oportunidade definitiva para que o governo revise suas últimas decisões".

Outros aspectos centrais para a oposição neste diálogo são a abertura de um canal humanitário que permita o envio de remédios e alimentos, a libertação dos detentos considerados "presos políticos" e a restituição dos poderes constitucionais do parlamento.

O governo, por sua vez, exige o fim das sanções econômicas que pesam sobre alguns de seus integrantes e o reconhecimento da Assembleia Constituinte, um órgão plenipotenciário integrado apenas por políticos governistas e não reconhecido por vários governos estrangeiros.