Bolívia celebra sua primeira santa, a irmã consagrada às mulheres pobres
Luis Ángel Reglero.
Oruro (Bolívia), 20 fev (EFE).- A irmã Nazária Ignacia é a primeira santa boliviana, após o anúncio do papa Francisco de que sua vida consagrada aos pobres, especialmente às mulheres na Bolívia, será levada aos altares.
"Com muita alegria, não cabemos ainda nessa alegria ", disse Soledad Pavón, da congregação fundada por Nazária Ignacia de Santa Teresa de Jesus.
O Vaticano anunciou recentemente que o papa reconheceu o milagre que permite canonizar a beata: a insólita cura de uma monja da congregação Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, desenganada pelos médicos.
"Sabemos que Nazária é santa, para nós é uma alegria imensa saber que nossa fundadora é reconhecida por toda a Igreja", disse Soledad Pavón.
Esta irmã argentina é uma das seis religiosas do convento onde estão conservados os restos mortais de sua fundadora, na cidade boliviana de Oruro.
A religiosa, que nasceu em Madri em 1889 e morreu em Buenos Aires em 1943, viveu a maior parte do tempo na Bolívia.
Irmã Nazária é a primeira santa da Bolívia. E Oruro já espera pela comemoração especial para a canonização, que pode ser no Vaticano ou Santa Cruz, no V Congresso Missionário Americano, que acontece em julho na cidade boliviana.
Seja onde for o ato solene, as 400 irmãs da congregação, distribuídas por 21 países de quatro continentes, já comemoram a proclamação da santa.
Um dos seus legados é sua mensagem pela unidade universal da Igreja católica, décadas antes de o Concílio Vaticano II elogiar o ecumenismo.
Sua entrega aos pobres a levou a fundar em 1925 a primeira ordem religiosa própria da Bolívia. Ali, no planalto andino, mostrou o seu amor principalmente às pobres, as quais considerava duplamente castigadas - por serem mulheres além de serem pobres.
O "carisma" com que ajudava o próximo evidenciou uma mentalidade "muito avançada em seu tempo", destacou Pavón, quase um século antes de um papa argentino "nos lembrar, e insistir: saiam para a rua, saiam das paróquias".
Ela o fez ao ponto de percorrer os mercados e lojas de Oruro para fundar, em 1933, o primeiro sindicato operário feminino da Bolívia, uma década antes do começo do sindicalismo no país.
"Estamos perdendo tempo se não formos para a rua", dizia a fundadora, à custa de "muito sofrimento", por ser mulher e estrangeira.
Beatificada em 1992 pelo papa João Paulo II, o milagre que a leva à santidade é a cura em 2010 de María Victoria Azuara, que ficou sem fala e sem esperança após um derrame cerebral.
As irmãs da congregação rezaram por esta religiosa boliviana durante 12 dias seguidos, invocando a fundadora, até que de repente María Victoria se recuperou sem sequelas, milagrosamente.
Os restos mortais de Nazária Ignacia voltaram da Argentina para Oruro em 1972, como ela queria, e quando foram levados à cripta em 1993, descobriu que estavam completamente conservados.
Oruro (Bolívia), 20 fev (EFE).- A irmã Nazária Ignacia é a primeira santa boliviana, após o anúncio do papa Francisco de que sua vida consagrada aos pobres, especialmente às mulheres na Bolívia, será levada aos altares.
"Com muita alegria, não cabemos ainda nessa alegria ", disse Soledad Pavón, da congregação fundada por Nazária Ignacia de Santa Teresa de Jesus.
O Vaticano anunciou recentemente que o papa reconheceu o milagre que permite canonizar a beata: a insólita cura de uma monja da congregação Irmãs Missionárias Cruzadas da Igreja, desenganada pelos médicos.
"Sabemos que Nazária é santa, para nós é uma alegria imensa saber que nossa fundadora é reconhecida por toda a Igreja", disse Soledad Pavón.
Esta irmã argentina é uma das seis religiosas do convento onde estão conservados os restos mortais de sua fundadora, na cidade boliviana de Oruro.
A religiosa, que nasceu em Madri em 1889 e morreu em Buenos Aires em 1943, viveu a maior parte do tempo na Bolívia.
Irmã Nazária é a primeira santa da Bolívia. E Oruro já espera pela comemoração especial para a canonização, que pode ser no Vaticano ou Santa Cruz, no V Congresso Missionário Americano, que acontece em julho na cidade boliviana.
Seja onde for o ato solene, as 400 irmãs da congregação, distribuídas por 21 países de quatro continentes, já comemoram a proclamação da santa.
Um dos seus legados é sua mensagem pela unidade universal da Igreja católica, décadas antes de o Concílio Vaticano II elogiar o ecumenismo.
Sua entrega aos pobres a levou a fundar em 1925 a primeira ordem religiosa própria da Bolívia. Ali, no planalto andino, mostrou o seu amor principalmente às pobres, as quais considerava duplamente castigadas - por serem mulheres além de serem pobres.
O "carisma" com que ajudava o próximo evidenciou uma mentalidade "muito avançada em seu tempo", destacou Pavón, quase um século antes de um papa argentino "nos lembrar, e insistir: saiam para a rua, saiam das paróquias".
Ela o fez ao ponto de percorrer os mercados e lojas de Oruro para fundar, em 1933, o primeiro sindicato operário feminino da Bolívia, uma década antes do começo do sindicalismo no país.
"Estamos perdendo tempo se não formos para a rua", dizia a fundadora, à custa de "muito sofrimento", por ser mulher e estrangeira.
Beatificada em 1992 pelo papa João Paulo II, o milagre que a leva à santidade é a cura em 2010 de María Victoria Azuara, que ficou sem fala e sem esperança após um derrame cerebral.
As irmãs da congregação rezaram por esta religiosa boliviana durante 12 dias seguidos, invocando a fundadora, até que de repente María Victoria se recuperou sem sequelas, milagrosamente.
Os restos mortais de Nazária Ignacia voltaram da Argentina para Oruro em 1972, como ela queria, e quando foram levados à cripta em 1993, descobriu que estavam completamente conservados.
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