Argentina faz homenagem às vítimas da ditadura no 42º aniversário do golpe
Javier Caamaño.
Buenos Aires, 24 mar (EFE).- Buenos Aires viveu neste sábado uma grande manifestação em homenagem às vítimas da última ditatura, exigindo justiça para os responsáveis pelos crimes do período após as recentes libertações de condenados do regime.
No Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, que lembra o 42º aniversário do golpe de Estado de 1976, várias organizações, lideradas pelas Mães e Avós da Praça de Maio, lotaram o local que dá nome as duas entidades, unindo lutas do passado com as do presente.
"Estamos com bandeiras dos 30 mil (o número de vítimas da ditadura no país, segundo organizações dos direitos humanos)", gritou, aos 87 anos, Taty Almeida, uma das histórias líderes das Mães da Praça de Maio, que perdeu seu filho em 1975.
O protesto, porém, não foi só contra o período ditatorial. Segundo Almeida, os manifestantes também se mobilizaram contra as reformas, a repressão e a impunidade do atual governo de Mauricio Macri, que, para ela, "vulnera os direitos do povo".
"Repudiamos que os genocidas estejam soltos", criticou a octogenária ativista, citando as recentes concessões de prisão domiciliar para repressores condenados por motivos de saúde.
Almeida também alertou sobre o perigo do "negacionismo" que acredita estar voltando a se instalar na Argentina. "Por trás disso está o esquecimento, e por trás do esquecimento está a tentativa de nos desmobilizar", afirmou.
Por outro lado, os manifestantes elogiaram os governos de Néstor e Cristina Kirchner, antecessores de Macri, quando começaram boa parte dos julgamentos de crimes contra a humanidade contra os membros da ditadura após a anulação da lei Ponto Final.
Estela de Carlotto, a presidente das Avós da Praça de Maio, organização dedicada a zelar pela identidade de filhos de pais assassinados ou sequestrados pela ditadura, enviou uma mensagem direta ao atual governo, afirmando que não permitirá retrocessos.
"Nenhum genocida solto. Ainda são centenas de homens e mulheres que desconhecem suas identidades, que foram sequestrados pelos assassinos de seus pais", disse a ativista, de 87 anos, que conseguiu recuperar 127 netos desde a fundação do grupo.
Buenos Aires, 24 mar (EFE).- Buenos Aires viveu neste sábado uma grande manifestação em homenagem às vítimas da última ditatura, exigindo justiça para os responsáveis pelos crimes do período após as recentes libertações de condenados do regime.
No Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, que lembra o 42º aniversário do golpe de Estado de 1976, várias organizações, lideradas pelas Mães e Avós da Praça de Maio, lotaram o local que dá nome as duas entidades, unindo lutas do passado com as do presente.
"Estamos com bandeiras dos 30 mil (o número de vítimas da ditadura no país, segundo organizações dos direitos humanos)", gritou, aos 87 anos, Taty Almeida, uma das histórias líderes das Mães da Praça de Maio, que perdeu seu filho em 1975.
O protesto, porém, não foi só contra o período ditatorial. Segundo Almeida, os manifestantes também se mobilizaram contra as reformas, a repressão e a impunidade do atual governo de Mauricio Macri, que, para ela, "vulnera os direitos do povo".
"Repudiamos que os genocidas estejam soltos", criticou a octogenária ativista, citando as recentes concessões de prisão domiciliar para repressores condenados por motivos de saúde.
Almeida também alertou sobre o perigo do "negacionismo" que acredita estar voltando a se instalar na Argentina. "Por trás disso está o esquecimento, e por trás do esquecimento está a tentativa de nos desmobilizar", afirmou.
Por outro lado, os manifestantes elogiaram os governos de Néstor e Cristina Kirchner, antecessores de Macri, quando começaram boa parte dos julgamentos de crimes contra a humanidade contra os membros da ditadura após a anulação da lei Ponto Final.
Estela de Carlotto, a presidente das Avós da Praça de Maio, organização dedicada a zelar pela identidade de filhos de pais assassinados ou sequestrados pela ditadura, enviou uma mensagem direta ao atual governo, afirmando que não permitirá retrocessos.
"Nenhum genocida solto. Ainda são centenas de homens e mulheres que desconhecem suas identidades, que foram sequestrados pelos assassinos de seus pais", disse a ativista, de 87 anos, que conseguiu recuperar 127 netos desde a fundação do grupo.
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