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Justiça americana ordena Samsung a pagar US$ 539 milhões à Apple por patentes

25/05/2018 09h11

Los Angeles (EUA), 24 mai (EFE).- O júri de um tribunal de San José (Califórnia), nos Estados Unidos, determinou nesta quinta-feira que a Samsung deverá pagar US$ 539 milhões à Apple para resolver um caso de quebra de patentes de componentes para telefones celulares, uma batalha judicial que as duas empresas vêm travando há anos.

A americana Apple processou a sul-coreana Samsung em 2011 por supostamente copiar o design de seus dispositivos móveis.

Em 2012, um júri federal deu razão à Apple, ao assegurar que sua rival tinha copiado o design de alguns dispositivos para lançar ao mercado 11 modelos, como o Galaxy S II.

A Samsung foi acusada de ter roubado caraterísticas patenteadas como o aspecto arredondado das quinas do iPhone, o desenho da moldura que prende a tela no telefone e a disposição dos ícones coloridos dos aplicativos na tela do celular.

Como resultado do litígio, o tribunal ordenou na época que a Samsung pagasse à Apple uma indenização de US$ 1,05 bilhão pelos lucros obtidos com os 11 modelos de telefone, um número muito superior aos US$ 28 milhões que, em princípio, a companhia sul-coreana estava disposta a desembolsar.

A Samsung já compensou a Apple com mais de US$ 548 milhões em indenização em dezembro de 2015 e, um ano depois, obteve uma vitória na Suprema Corte dos EUA, que lhe eximiu de pagar US$ 399 milhões adicionais por considerar que o suposto plágio só responde a uma parte muito pequena dos dispositivos.

O litígio retornou então para a jurisdição inferior, que hoje ordenou o novo pagamento de US$ 539 milhões.

A decisão do tribunal de San José foi recebida com reações distintas por parte de Samsung e Apple.

Em uma nota de imprensa, a companhia americana afirmou que o caso vai além do dinheiro: "Acreditamos profundamente no valor do design e nossas equipes trabalham incansavelmente para criar produtos inovadores que agradem nossos clientes".

A Samsung, por sua vez, disse em um comunicado oficial que vai considerar "todas as opções para obter um resultado que não obstaculize a criatividade e a competição justa para todas as companhias e consumidores".