ONG diz que Venezuela libertou "presos políticos" com medidas restritivas
Caracas, 25 mai (EFE).- As autoridades da Venezuela libertaram com medidas restritivas nesta sexta-feira um total de 14 cidadãos considerados "presos políticos" da lista de 20 que tiveram a libertação anunciada ontem, informou a ONG Foro Penal Venezolano, que pediu liberdade para todos os opositores encarcerados.
A advogada e integrante da ONG, Laura Valbuena, informou através do Twitter sobre a libertação dos "presos políticos", mas não detalhou a identidade dos mesmos. Além disso, indicou que eles foram liberados com medidas restritivas, com "obrigação de apresentação, proibição de saída e proibição de comparecer a manifestações públicas".
Na terça-feira passada, a Foro Penal Venezolano informou que os tribunais do país emitiram ordens de libertação para ao menos 20 detidos, consideradas como "presos políticos" pela oposição, após pedido do presidente Nicolás Maduro de outorgar benefícios processuais aos opositores presos.
O diretor da Foro Penal Venezolano, Alfredo Romero, explicou hoje em entrevista coletiva que essas 20 pessoas tinham sido detidas em abril deste ano por participação em protestos que tinham a ver com os problemas de abastecimento de energia no país.
"(Os presos libertados) não são de manifestações de 2014, nem de manifestações de 2017. São manifestantes de causas sociais que passaram a ser presos políticos precisamente porque o objetivo é intimidar, evitar que protestem", acrescentou Romero, que também denunciou que, enquanto é anunciada a libertação de alguns, outros estão sendo detidos, pois segundo ele, ontem ocorreram duas detenções.
O vice-presidente da ONG, Gonzalo Himiob, por sua vez, pediu ao governo venezuelano que estenda os benefícios de libertação com medidas "amplas" a todos os opositores presos.
"Até hoje, não conseguimos determinar o conteúdo completo, o alcance, os destinatários e os critérios que estão sendo utilizados para decidir quem será favorecido com esses gestos do poder", destacou Himiob.
Além disso, o vice-presidente da ONG pediu "cuidado" com as conversas para a libertação de opositores pois, segundo ele, "cada vez que o senhor (ex-chefe de governo espanhol José Luis) Rodríguez Zapatero se envolve em conversas sobre presos políticos na Venezuela, é verdade que se obtém a libertação de alguns poucos, mas, paralelamente, muitos outros são encarcerados".
Rodríguez Zapatero esteve na semana passada na Venezuela e conseguiu a libertação de 11 diretores do banco Banesco, segundo a informação oferecida pela própria entidade financeira.
De acordo com um levantamento da Foro Penal Venezolano, 368 detentos são considerados "presos políticos", um número que ficará em 348 se realmente forem libertados os 20 anunciados ontem.
A advogada e integrante da ONG, Laura Valbuena, informou através do Twitter sobre a libertação dos "presos políticos", mas não detalhou a identidade dos mesmos. Além disso, indicou que eles foram liberados com medidas restritivas, com "obrigação de apresentação, proibição de saída e proibição de comparecer a manifestações públicas".
Na terça-feira passada, a Foro Penal Venezolano informou que os tribunais do país emitiram ordens de libertação para ao menos 20 detidos, consideradas como "presos políticos" pela oposição, após pedido do presidente Nicolás Maduro de outorgar benefícios processuais aos opositores presos.
O diretor da Foro Penal Venezolano, Alfredo Romero, explicou hoje em entrevista coletiva que essas 20 pessoas tinham sido detidas em abril deste ano por participação em protestos que tinham a ver com os problemas de abastecimento de energia no país.
"(Os presos libertados) não são de manifestações de 2014, nem de manifestações de 2017. São manifestantes de causas sociais que passaram a ser presos políticos precisamente porque o objetivo é intimidar, evitar que protestem", acrescentou Romero, que também denunciou que, enquanto é anunciada a libertação de alguns, outros estão sendo detidos, pois segundo ele, ontem ocorreram duas detenções.
O vice-presidente da ONG, Gonzalo Himiob, por sua vez, pediu ao governo venezuelano que estenda os benefícios de libertação com medidas "amplas" a todos os opositores presos.
"Até hoje, não conseguimos determinar o conteúdo completo, o alcance, os destinatários e os critérios que estão sendo utilizados para decidir quem será favorecido com esses gestos do poder", destacou Himiob.
Além disso, o vice-presidente da ONG pediu "cuidado" com as conversas para a libertação de opositores pois, segundo ele, "cada vez que o senhor (ex-chefe de governo espanhol José Luis) Rodríguez Zapatero se envolve em conversas sobre presos políticos na Venezuela, é verdade que se obtém a libertação de alguns poucos, mas, paralelamente, muitos outros são encarcerados".
Rodríguez Zapatero esteve na semana passada na Venezuela e conseguiu a libertação de 11 diretores do banco Banesco, segundo a informação oferecida pela própria entidade financeira.
De acordo com um levantamento da Foro Penal Venezolano, 368 detentos são considerados "presos políticos", um número que ficará em 348 se realmente forem libertados os 20 anunciados ontem.
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