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Justiça manda prender 14 empresários e 40 servidores por corrupção no Quênia

28/05/2018 13h23

Nairóbi, 28 mai (EFE).- A Promotoria do Quênia determinou nesta segunda-feira a prisão de 40 funcionários públicos e 14 empresários pelo desvio de 76 milhões de euros do Serviço Nacional de Juventude (NYS), órgão que treina jovens que farão parte das Forças Armadas.

A acusação formal será feita amanhã. Eles serão acusados, entre outros crimes, de falsificação, abuso de poder e fraude.

O diretor-geral do NYS, Richard Ndubai, e a secretária principal do órgão, Lillian Omollo, estão entre os presos, junto com outros ex-funcionários públicos e vários empresários do país.

Segundo os promotores, o órgão firmava contratos de mais de 500 mil euros que não eram cumpridos ou pagava duas vezes pelo mesmo serviço. Algumas das empresas chegaram a receber 14 milhões de euros do esquema, sem prestar qualquer serviço previsto.

O jornal "The Standart" afirmou que o NYS não justificou quase 150 milhões de euros em despesas realizadas nos últimos dois anos. Não foi possível verificar para onde foi esse dinheiro.

O procurador-geral do Quênia, Noordin Haji, afirmou em entrevista coletiva que o país vai redobrar a luta contra a corrupção e acabar com um problema que está gerando impactos na economia.

Haji também indicou que a Justiça bloqueou as contas bancárias dos suspeitos para tentar recuperar os recursos que sumiram.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, prometeu combater a corrupção com firmeza quando chegou ao poder em 2013. No entanto, os críticos afirmam que ele não atuou com firmeza para punir os funcionários do alto escalão do governo.

Sem citar o escândalo, Kennyata enviou uma mensagem aos corruptos.

"Não vamos tolerar pessoas sem ética. Gente com responsabilidade deve estar preparada para servir, e não para se servir do governo", afirmou o presidente.