Desigualdade de gênero pode elevar custo da produção de alimentos, diz FAO
Roma, 3 jul (EFE).- A desigualdade de gênero faz com que as mulheres que se dedicam à agricultura em muitas partes do mundo tenham menos acesso aos recursos, o que gera uma menor produtividade e maiores perdas de alimentos, afirmou Alejandra Safa, especialista em política de gênero da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Em um seminário realizado nesta terça-feira, ela defendeu que as mulheres produzem menos do que os homens por dificuldades no acesso aos recursos, serviços financeiros, tecnologias e mercados, especialmente nos países em desenvolvimento. Segundo Alejandra, essas limitações diminuem as oportunidades de investimento em atividades mais eficientes e podem provocar perdas ao longo da cadeia produtiva.
As mulheres representam 43% da mão de obra na agricultura e desempenham um importante papel em atividades pós-colheita, como a secagem, a limpeza e o armazenamento dos alimentos. Trabalham até 12 horas a mais por semana do que os homens em países pobres, e frequentemente combinam essas tarefas com responsabilidades com a casa e o cuidado da família.
"Muitas delas não podem tomar as próprias decisões, seus interesses não são representados e participar das cadeias produtivas não proporciona mais empoderamento", disse a especialista, que vinculou a desigualdade, que varia conforme o contexto sociocultural, à perda de produtividade e oportunidades de emprego.
Alejandra fez um apelo para que seja adotado um enfoque de gênero e mudada a forma de produzir alimentos. Calcula-se que um terço dos alimentos produzidos para consumo humano (1,3 bilhão de toneladas) se perdem ou são desperdiçados anualmente no mundo, o que afeta a segurança alimentar e eleva os custos. Só na África subsaariana, as perdas após a colheita somam até US$ 4 bilhões ao ano, conforme estimativas da FAO.
A agência recomenda considerar os diferentes papéis de homens e mulheres para desenvolver soluções no longo prazo. A gerente de projetos da FAO Mireille Totobesola expôs o caso de Burkina Faso, onde as mulheres se encarregam principalmente das atividades menos lucrativas, como separar os grãos manualmente, enquanto os homens tiram cascas com máquinas.
Em outros países africanos, como Serra Leoa e Zâmbia, a divisão de tarefas faz com que as mulheres fiquem, além disso, excluídas da pesca e só participem do processo posterior e da comercialização dos peixes. Nesse contexto, organizações como WorldFish estão introduzindo novas tecnologias com a participação de pessoas de ambos os sexos das comunidades para reduzir as perdas nos períodos pós-captura e melhorar a produtividade.
Em um seminário realizado nesta terça-feira, ela defendeu que as mulheres produzem menos do que os homens por dificuldades no acesso aos recursos, serviços financeiros, tecnologias e mercados, especialmente nos países em desenvolvimento. Segundo Alejandra, essas limitações diminuem as oportunidades de investimento em atividades mais eficientes e podem provocar perdas ao longo da cadeia produtiva.
As mulheres representam 43% da mão de obra na agricultura e desempenham um importante papel em atividades pós-colheita, como a secagem, a limpeza e o armazenamento dos alimentos. Trabalham até 12 horas a mais por semana do que os homens em países pobres, e frequentemente combinam essas tarefas com responsabilidades com a casa e o cuidado da família.
"Muitas delas não podem tomar as próprias decisões, seus interesses não são representados e participar das cadeias produtivas não proporciona mais empoderamento", disse a especialista, que vinculou a desigualdade, que varia conforme o contexto sociocultural, à perda de produtividade e oportunidades de emprego.
Alejandra fez um apelo para que seja adotado um enfoque de gênero e mudada a forma de produzir alimentos. Calcula-se que um terço dos alimentos produzidos para consumo humano (1,3 bilhão de toneladas) se perdem ou são desperdiçados anualmente no mundo, o que afeta a segurança alimentar e eleva os custos. Só na África subsaariana, as perdas após a colheita somam até US$ 4 bilhões ao ano, conforme estimativas da FAO.
A agência recomenda considerar os diferentes papéis de homens e mulheres para desenvolver soluções no longo prazo. A gerente de projetos da FAO Mireille Totobesola expôs o caso de Burkina Faso, onde as mulheres se encarregam principalmente das atividades menos lucrativas, como separar os grãos manualmente, enquanto os homens tiram cascas com máquinas.
Em outros países africanos, como Serra Leoa e Zâmbia, a divisão de tarefas faz com que as mulheres fiquem, além disso, excluídas da pesca e só participem do processo posterior e da comercialização dos peixes. Nesse contexto, organizações como WorldFish estão introduzindo novas tecnologias com a participação de pessoas de ambos os sexos das comunidades para reduzir as perdas nos períodos pós-captura e melhorar a produtividade.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.