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Promotores impugnarão resultado de consulta anticorrupção na Colômbia

28/08/2018 13h04

Bogotá, 28 ago (EFE).- A ex-senadora colombiana Claudia López, principal promotora da consulta anticorrupção realizada no último domingo e que não alcançou o número de votos necessário para que tivesse validade, anunciou nesta terça-feira que impugnará o resultado porque considera que a entidade que organiza o pleito "violou a lei".

Claudia publicou uma mensagem no Twitter na qual afirmou que impugnará o resultado "de todas as mesas" eleitorais porque considera que a Registradoria Nacional (entidade organizadora do pleito) violou a lei ao não reportar "o total de eleitores e votos depositados que determinam a taxa de participação".

A consulta anticorrupção obteve no domingo pouco mais de 11,6 milhões de votos, por isso não alcançou os 12,1 milhões, um terço do eleitorado colombiano, fixados como mínimo para que tivesse validade.

Segundo Claudia, a Registradoria só reportou o limite mínimo de aprovação de cada uma das sete perguntas, mas não o global.

A senadora Angélica Lozano, outra das promotoras da iniciativa, esclareceu que a impugnação não significa "alegar fraude" e detalhou que este é o "nome técnico de solicitar que a comissão fiscalizadora" do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), "que por lei se reúne hoje, estabeleça a taxa mínima de participação, a quantidade de pessoas que votaram".

Também via Twitter, Angélica reiterou que a impugnação "demanda, exige e afirma que a Registradoria violou a lei ao não dar o número total de votos" e "se limitou a dar resultados por cada pergunta. A lei exige dar o total de participantes".

A consulta anticorrupção teve sete perguntas, cada uma delas contou com as opções "sim" ou "não" como resposta.

Entre os temas a consultar estiveram a redução do salário dos congressistas e funcionários públicos que ganharam mais de 25 salários mínimos e a possibilidade de haver prisão para os corruptos, assim como proibi-los de voltar a trabalhar para o Estado.