Mulheres em idade menstrual podem entrar em templo, decide Justiça indiana
Nova Délhi, 28 set (EFE).- A Corte Suprema da Índia decidiu nesta quinta-feira dar fim a uma proibição que vetava a entrada de mulheres entre dez e 50 anos em um famoso templo no sul do país, porque o entendimento religioso é que neste período elas são impuras, por estarem na idade em que menstruam
Os cinco juízes do Supremo, liderados pelo presidente do órgão, Dipak Misra, decidiram por 4 votos a 1 permitir a entrada das mulheres no templo do deus Ayyappa, no estado de Kerala, sul do país, assegurando que "a devoção não pode estar submissa à discriminação de gênero".
"As mulheres não são inferiores ao homem. O patriarcado da religião não pode prevalecer sobre a fé. As razões biológicas ou fisiológicas não podem ser levadas em conta na liberdade da fé", disse o chefe do Supremo, ao ler a sentença escrita pelo juiz Ajay Manikrao Khanwilkar e por ele mesmo.
"A religião é basicamente uma forma de vida, no entanto certas práticas criam desarmonias", continuou Misra.
A juíza Indu Malhotra, a única mulher membro da turma, foi a única em discordar, ao considerar que os assuntos que envolvem profundos sentimentos religiosos não deveriam ser decididos em uma corte.
A decisão dos juízes responde a um pedido feito em 2006 pela Associação de Jovens Advogados indiana, que desafiou esta tradição centenária contra as mulheres.
As autoridades do templo de Ayyappa tinham reafirmado em 2015 a proibição, pelo menos, até que se inventasse "um detector de menstruação para determinar quando é o momento adequado' (sem menstruação) para que uma mulher entre no recinto".
"Só então falaremos se vamos permitir a entrada", disse na época a autoridade do templo Prayar Gopalakrishnan.
A tradição hinduísta argumenta que manter afastadas as mulheres que estão menstruadas evita que as "fortes vibrações" que emanam do deus sejam prejudicadas.
O Alto Tribunal de Mumbai retirou no começo de 2016 uma proibição similar a esta em outro templo no nordeste do país, após uma crise política e uma forte polêmica.
Na Índia, as mulheres sofrem durante seu período menstrual limitações como a proibição de mexer com alimentos ou cozinhar, e a obrigação de dormir em um quarto ou em uma cama separada de seu parceiro ou familiares.
Os cinco juízes do Supremo, liderados pelo presidente do órgão, Dipak Misra, decidiram por 4 votos a 1 permitir a entrada das mulheres no templo do deus Ayyappa, no estado de Kerala, sul do país, assegurando que "a devoção não pode estar submissa à discriminação de gênero".
"As mulheres não são inferiores ao homem. O patriarcado da religião não pode prevalecer sobre a fé. As razões biológicas ou fisiológicas não podem ser levadas em conta na liberdade da fé", disse o chefe do Supremo, ao ler a sentença escrita pelo juiz Ajay Manikrao Khanwilkar e por ele mesmo.
"A religião é basicamente uma forma de vida, no entanto certas práticas criam desarmonias", continuou Misra.
A juíza Indu Malhotra, a única mulher membro da turma, foi a única em discordar, ao considerar que os assuntos que envolvem profundos sentimentos religiosos não deveriam ser decididos em uma corte.
A decisão dos juízes responde a um pedido feito em 2006 pela Associação de Jovens Advogados indiana, que desafiou esta tradição centenária contra as mulheres.
As autoridades do templo de Ayyappa tinham reafirmado em 2015 a proibição, pelo menos, até que se inventasse "um detector de menstruação para determinar quando é o momento adequado' (sem menstruação) para que uma mulher entre no recinto".
"Só então falaremos se vamos permitir a entrada", disse na época a autoridade do templo Prayar Gopalakrishnan.
A tradição hinduísta argumenta que manter afastadas as mulheres que estão menstruadas evita que as "fortes vibrações" que emanam do deus sejam prejudicadas.
O Alto Tribunal de Mumbai retirou no começo de 2016 uma proibição similar a esta em outro templo no nordeste do país, após uma crise política e uma forte polêmica.
Na Índia, as mulheres sofrem durante seu período menstrual limitações como a proibição de mexer com alimentos ou cozinhar, e a obrigação de dormir em um quarto ou em uma cama separada de seu parceiro ou familiares.
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