Primeiro-ministro do Paquistão pede fim de protestos por absolvição de cristã
Islamabad, 31 out (EFE).- O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, pediu nesta quarta-feira o fim dos protestos islamitas provocados pela decisão do Tribunal Supremo de absolver a cristã Asia Bibi, condenada à morte por suposta blasfêmia.
"Aqueles que incitam a violência atrás de seus objetivos políticos devem ser rechaçados. Eu vos peço que não comecem um confronto com o Estado", declarou o novo primeiro-ministro paquistanês em discurso televisionado.
Khan indicou que "a decisão do Tribunal Supremo está de acordo com a Constituição" do país e se perguntou como pode um governo dirigir um país quando nas ruas se pede o assassinato de juízes.
"Nenhuma lei neste país pode ser contrária ao Corão e o veredito de hoje segue essa linha", ressaltou.
O político, que tomou posse do cargo no último dia 18 de agosto após vencer as eleições de 25 de julho, reagiu assim aos protestos provocados pela absolvição da Asia esta manhã.
O Tribunal Supremo do Paquistão absolveu Asia, indiciada por supostamente ter insultado Maomé em 2009 e condenada à morte um ano depois, ao constatar "graves contradições" nas provas da acusação e "mentiras" no testemunho das duas mulheres que a denunciaram.
Após a decisão do Supremo, radicais do partido islamita Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) começaram a protestar em várias cidades do país asiático, como Karachi (sul), Lahore (leste), Peshawar (noroeste) e Islamabad, entre outras.
Um dos líderes do TLP, Afzal Qadri, pediu em discurso em Lahore que os três juízes que a absolveram sejam assassinados.
Por sua vez, em seu discurso, Khan afirmou que o Paquistão é o único país do mundo "criado no nome do Islã" e lembrou os protestos promovidos no passado por um concurso de caricaturas de Maomé na Holanda.
A dura lei contra a blasfêmia paquistanesa foi estabelecida na época colonial britânica para evitar confrontos religiosos, mas nos anos 80 várias reformas promovidas pelo ditador Zia-ul-Haq favoreceram o abuso desta norma.
Desde então foram registradas cerca de mil acusações por blasfêmia, um crime que no Paquistão pode acarretar até a pena capital, embora nenhum condenado tenha sido executado até agora.
"Aqueles que incitam a violência atrás de seus objetivos políticos devem ser rechaçados. Eu vos peço que não comecem um confronto com o Estado", declarou o novo primeiro-ministro paquistanês em discurso televisionado.
Khan indicou que "a decisão do Tribunal Supremo está de acordo com a Constituição" do país e se perguntou como pode um governo dirigir um país quando nas ruas se pede o assassinato de juízes.
"Nenhuma lei neste país pode ser contrária ao Corão e o veredito de hoje segue essa linha", ressaltou.
O político, que tomou posse do cargo no último dia 18 de agosto após vencer as eleições de 25 de julho, reagiu assim aos protestos provocados pela absolvição da Asia esta manhã.
O Tribunal Supremo do Paquistão absolveu Asia, indiciada por supostamente ter insultado Maomé em 2009 e condenada à morte um ano depois, ao constatar "graves contradições" nas provas da acusação e "mentiras" no testemunho das duas mulheres que a denunciaram.
Após a decisão do Supremo, radicais do partido islamita Tehreek-e-Labbaik Pakistan (TLP) começaram a protestar em várias cidades do país asiático, como Karachi (sul), Lahore (leste), Peshawar (noroeste) e Islamabad, entre outras.
Um dos líderes do TLP, Afzal Qadri, pediu em discurso em Lahore que os três juízes que a absolveram sejam assassinados.
Por sua vez, em seu discurso, Khan afirmou que o Paquistão é o único país do mundo "criado no nome do Islã" e lembrou os protestos promovidos no passado por um concurso de caricaturas de Maomé na Holanda.
A dura lei contra a blasfêmia paquistanesa foi estabelecida na época colonial britânica para evitar confrontos religiosos, mas nos anos 80 várias reformas promovidas pelo ditador Zia-ul-Haq favoreceram o abuso desta norma.
Desde então foram registradas cerca de mil acusações por blasfêmia, um crime que no Paquistão pode acarretar até a pena capital, embora nenhum condenado tenha sido executado até agora.
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