França suspeita de interferência estrangeira em protestos no país
Paris, 24 dez (EFE).- O Governo francês confirmou nesta segunda-feira que suspeita de uma ingerência estrangeira que buscou denegrir a imagem do país ao exagerar nas redes sociais o impacto do movimento dos "coletes amarelos".
Em entrevista à emissora de rádio "France Inter", o secretário de Estado de Economia Digital da França, Mounir Mahjoubi, disse que forças estrangeiras e "facções que não são obrigatoriamente nações" têm se esforçado nas redes sociais para amplificar o movimento.
Por isso, segundo ele, está em andamento uma investigação sobre supostas ingerências estrangeiras coordenada pelo Secretariado-Geral da Defesa e a Segurança Nacional (SGDSN).
Mahjoubi esclareceu que o movimento dos "coletes amarelos" - que pôs o presidente francês, Emmanuel Macron, contra as cordas - nasceu de forma genuína entre franceses. No entanto, denunciou que houve contas novas em redes sociais como o Twitter que divulgaram maciçamente conteúdos em inglês no intuito de dar uma falsa imagem da França no exterior com conteúdos mentirosos.
O secretário de Estado destacou que essa ingerência é inaceitável e acusou grupos de extrema direita organizados na internet de criarem uma rede de informações falsas para divulgação de forma simultânea.
"É por isso que pedimos às plataformas de internet (Twitter e Facebook, entre outras) uma maior transparência", disse Mahjoubi, que afirmou ter havido interferências similares nas eleições americanas de 2016 e nas francesas de 2017. "Já deixamos de ser ingênuos nesse aspecto", acrescentou.
As suas declarações foram dadas em um momento em que o Governo francês vem subindo o tom contra o movimento contestatário depois de terem sido registradas agressões a policiais e atitudes antissemitas por parte de alguns manifestantes no último sábado. EFE
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