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França reforça segurança no Ano Novo por ameaça terrorista e protestos

30/12/2018 17h46

Paris, 30 dez (EFE).- O Ministério do Interior da França anunciou neste domingo o desdobramento de 147 mil agentes das forças de ordem, segurança civil e militar para garantir a ordem durante os festejos de Ano Novo, pelo "contexto da ameaça terrorista e movimentos reivindicativos da via pública".

"Com efeito, a celebração da chegada de 2019 se inscreve em um contexto de uma ameaça terrorista que continua sendo elevada e de movimentos reivindicativos não declarados na via pública", declarou o ministério em comunicado publicado no Twitter.

Após o sétimo sábado de protestos dos "coletes amarelos", no qual o Executivo contou 12 mil manifestantes frente aos 38,6 mil da semana passada e dos 66 mil da anterior, o coletivo se organiza agora através do Facebook para protagonizar novas reivindicações no na noite de 31 de dezembro.

Entre as propostas de bloqueios em rotatórias e estradas destaca-se também uma concentração na Champs Élysées, ideia que o Governo parece disposto a cortar pela raiz.

"Em função dos imperativos locais, os governadores regionais estabelecerão dois perímetros de proteção para assegurar os locais de afluência, como permite a lei que reforça a segurança interior e a luta contra o terrorismo. Este será o caso da Champs Élysées de Paris", afirmou na nota.

Junto ao Arco do Triunfo, monumento que coroa a famosa avenida, acontece, além disso, a contagem regressiva para o Ano Novo, que também é transmitida pelas principais emissoras de televisão do país.

O conjunto do território nacional ficará coberto pelo dispositivo de vigilância antiterrorista Vigipirate, menos de um mês depois do atentado no mercado de Estrasburgo, que dará prioridade à segurança em grandes espaços comerciais, lugares de reunião e infraestruturas de transporte público.

Nas estradas, o Ministério do Interior indicou que serão realizadas operações para dissuadir os cidadãos de dirigir sob os efeitos do álcool ou entorpecentes e prevenir comportamentos perigosos. EFE