Putin viaja para região onde edifício desabou deixando pelo menos 4 mortos
(Acrescenta novos dados e números sobre o acidente).
Moscou, 31 dez (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, viajou nesta segunda-feira para a cidade de Magnitogorsk, na região dos Montes Urais, onde quatro pessoas morreram e entre 36 e 40 seguem desaparecidas, após o desabamento parcial de um edifício residencial.
"Entre os escombros há aproximadamente entre 36 e 40 pessoas", entre elas sete crianças, detalhou Yevgueni Zinichev, ministro para Situações de Emergência, na reunião que teve com Putin, segundo informam meios de comunicação locais.
O presidente russo, que já havia ordenado o deslocamento imediato dos ministros da Saúde e de Emergências, já chegou ao centro de coordenação dos trabalhos de resgate, visitou o local do acidente e esteve nos hospitais para onde foram levados os feridos.
De acordo com as últimas informações, das 120 pessoas que viviam nos 48 apartamentos afetados, se desconhece o paradeiro de entre 36 e 40 delas, embora não esteja descartado que algumas estivessem fora do edifício no momento do desabamento.
Além dos quatro mortos, cujos corpos foram recuperados dentre os escombros, os demais foram evacuados, resgatados, hospitalizados ou estavam viajando ou com parentes e amigos e se comunicaram com as autoridades para informar do seu paradeiro.
Centenas de pessoas trabalham nas equipes de salvamento, inclusive especialistas que se deslocaram de Moscou e Ecaterimburgo, a capital dos Urais, equipados com cachorros rastreadores.
Além das baixas temperaturas, que rondam os 30 graus negativos, ainda existe a ameaça da queda do restante da estrutura do edifício construído em 1973. A ministra da Saúde, Veronika Skvortsova, admitiu que, com o passar das horas, reduzem-se as chances de sobreviventes serem localizados.
As autoridades de Magnitogorsk, cidade que se encontra na região de Chelyabinsk, perto da fronteira com o Cazaquistão, já informaram que os trabalhos de resgate serão suspensos durante a celebração da virada do ano.
Por sua vez, Putin ordenou a criação de uma comissão governamental para aliviar o sofrimento dos afetados e orientou as autoridades a não economizar em despesas e evacuar definitivamente os inquilinos de todo o edifício diante da mínima dúvida sobre sua segurança.
No total, no edifício vivem mais de mil pessoas, que poderiam ser evacuadas também para escolas, hotéis e dormitórios universitários da região.
A queda de sete dos dez andares de um bloco do conjunto habitacional localizado na rua Karl Marx pode ter acontecido por uma explosão decorrente de vazamento de gás ocorrida às 6h (horário local, 23h de Brasília).
As explosões de gás são frequentes na Rússia, onde a grande maioria dos edifícios foram construídos nos tempos da União Soviética com materiais de baixa qualidade, como paredes de painel.
Segundo a imprensa local, neste ano ocorreram 30 explosões de gás nas quais morreram 14 pessoas e outras 80 ficaram feridas. EFE
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