Tribunal condena palestino à prisão perpétua por vender propriedade a colonos
Jerusalém, 31 dez (EFE).- Um tribunal da Autoridade Nacional Palestina (ANP) condenou nesta segunda-feira à prisão perpétua e trabalhos forçados um palestino que vendeu uma propriedade a colonos israelenses no território ocupado de Jerusalém Oriental, informou a agência oficial de notícias "Wafa".
O Superior Tribunal Penal de Ramala (Cisjordânia) condenou o palestino identificado com as iniciais I.A. após declará-lo culpado de "vender terra palestina a um país estrangeiro", especificou a "Wafa", que cita a sentença judicial.
As iniciais correspondem a Isam Akel, de Jerusalém Oriental, e também com nacionalidade americana, que foi detido há mais de dois meses pela polícia palestina em Ramala pela suposta venda de uma casa no bairro muçulmano da Cidade Velha a um colono, apontaram os veículos de imprensa locais então.
Em 2010, uma corte da ANP estabeleceu que a venda de terras a Israel é um crime que pode ser passível de pena de morte por colocar em perigo o "projeto nacional" palestino de estabelecer um Estado independente.
No entanto, a pena capital requer de autorização do presidente palestino, Mahmoud Abbas, que até o momento não ratificou nenhuma.
Embora fale de qualquer "país estrangeiro", a lei está destinada principalmente a evitar a venda de terras a cidadãos ou empresas israelenses para conter o avanço da colonização israelense nos territórios palestinos ocupados por Israel na Guerra dos Seis Dias de 1967.
Recentemente, um palestino que morreu em um acidente de trânsito no Vale do Jordão teve a sepultura em cemitérios de Jerusalém negada porque suspeitava-se que tinha vendido propriedades a israelenses, segundo informou o jornal "Times of Israel". EFE
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