Trump defende saída de tropas da Síria e estratégia para acabar com EI
Washington, 31 dez (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira a decisão de retirar as tropas de seu país da Síria, onde 2 mil soldados estão desdobrados como parte de uma coalizão internacional que luta contra o Estado Islâmico (EI), e sua estratégia para acabar com esse grupo terrorista.
"Se alguém, exceto Donald Trump, fizesse o que eu fiz na Síria, que era um desastre sob o controle do EI quando assumi o posto de presidente, seria um herói nacional", indicou Trump em sua conta do Twitter.
Além disso, o líder afirmou que a presença de EI nesse país é mínima e que os EUA ainda estão combatendo "os restos" desse grupo terrorista.
"O EI quase não está ali, estamos enviando lentamente as nossas tropas para casa, enquanto ao mesmo tempo lutamos contra seus restos", explicou.
Em uma série de tweets, Trump disparou contra "os veículos de imprensa falsos e alguns generais fracassados" que criticaram sua estratégia contra EI.
"Agora, quando começo a retirar (as tropas), os veículos de imprensa falsos e alguns generais fracassados que não puderam fazer o trabalho antes da minha chegada, gostam de se queixar de mim e das minhas táticas, que funcionam", argumentou Trump.
O presidente americano lembrou também que a saída da Síria foi uma das suas promessas de campanha e que agora a cumpriu.
Após a decisão de Trump, o Pentágono iniciou na semana passada oficialmente o processo de retirada das tropas americanas na Síria, abandonando assim a coalizão internacional, que colaborava com as Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada por milícias curdas.
Um dia depois de Trump proclamar a "derrota" do EI na Síria e anunciou a retirada dos soldados, o secretário de Defesa americano, Jim Mattis, anunciou sua saída do Executivo.
Após a saída de Mattis, também deixou seu posto o enviado especial dos Estados Unidos para a coalizão contra o EI, Brett McGurk, em protesto pela saída da Síria.
Segundo a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, ao Estado Islâmico só resta na Síria e no Iraque 1% do território que chegou a dominar em 2014, quando proclamou seu califado. EFE
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