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Ex-colaborador de Trump, Stone paga fiança de US$ 250 mil e deixa prisão

25/01/2019 15h53

Fort Lauderdale (EUA), 25 jan (EFE).- O consultor político republicano Roger Stone, preso na manhã desta sexta-feira por envolvimento no chamado "caso Rússia", deixou a prisão na tarde de hoje após pagar uma fiança de US$ 250 mil.

O valor foi estabelecido pela juíza Lurana S. Snow, conforme informações divulgadas pela imprensa americana. Um grande número de jornalistas aguarda Stone na saída do tribunal.

Stone, que colaborou brevemente na campanha de Donald Trump para as eleições presidenciais de 2016, prestou depoimento em Fort Lauderdale depois de ser preso na manhã desta sexta-feira.

O promotor especial que investiga o caso Rússia, Robert Mueller, pediu a prisão do consultor político e o acusou de fazer declarações falsas, obstruir à Justiça e tentar manipular testemunhas.

Segundo a imprensa americana, a audiência de hoje serviu para confirmar a identidade do acusado, que foi levado ao tribunal de Fort Lauderdale algemado.

O ex-conselheiro de Trump disse não ter passaporte, e a juíza decidiu libertá-lo após o pagamento de fiança. Além disso, Stone só poderá viajar audiências judiciais em Washington e Nova York.

Agentes do FBI foram até a casa de Stone no início da manhã nesta sexta-feira para realizar a prisão, segundo a "CNN".

O próprio Stone, um dos personagens mais excêntricos da política americana, abriu a porta para os agentes. A vida e as polêmicas do consultor são contadas em um documentário "Get Me Roger Stone", da "Netflix", também disponível no Brasil.

Na denúncia feita pela a acusação, Muller afirma que Stone recebeu contato de funcionários do alto escalão da campanha de Trump sobre "futuros vazamentos" da "Organização 1".

O promotor especial não especifica qual seria a organização, mas entende-se que ele se refere ao Wikileaks, grupo comandado pelo ativista australiano Julian Assange.

"Depois de a 'Organização 1' divulgar e-mails roubados (do Comitê Nacional Democrata) no dia 22 de julho de 2016, foram dadas instruções a um alto funcionário da campanha de Trump para que entrasse em contato com Stone a respeito de outros futuros vazamentos e sobre outras informações prejudiciais que a 'Organização 1' teria sobre a campanha de (Hillary) Clinton", destacam os promotores que auxiliam Mueller no documento.

"Stone, por consequência, conversou com a campanha de Trump sobre futuros vazamentos de material prejudicial por parte da 'Organização 1'", completam os promotores na acusação.

O documento também afirma que Stone fez, deliberadamente, várias declarações falsas ao Comitê de Inteligência do Senado. EFE