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Lenín Moreno ressalta apoio a Guaidó, mas pede novas eleições o quanto antes

25/01/2019 16h33

Salamanca (Espanha), 25 jan (EFE).- O presidente do Equador, Lenín Moreno, ressaltou nesta sexta-feira que reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, mas que esse período à frente do país deve ser "o mais curto possível" para realizar novas eleições.

Essas declarações foram feitas durante um discurso na Universidade de Salamanca, na Espanha, onde Moreno foi homenageado pela instituição de ensino.

Segundo o governante equatoriano, a presidência interina de Guaidó deve desembocar em um novo pleito que conte com "a mais ampla participação da oposição" e com observadores internacionais.

Moreno apelou ao direito "dos países à sua autodeterminação e à sua autonomia", mas justificou as suas palavras sobre a Venezuela porque se trata de "um país irmão que tem muita importância histórica e cultural" para o Equador.

O presidente do Equador alertou para dualidade "política que tem se desencadeado na Venezuela, com um choque de legitimidade" entre o presidente Nicolás Maduro e a Assembleia Nacional, que "é a representatividade maior de um povo" e que questiona o poder estabelecido.

Diante dos acontecimentos na Venezuela, o silêncio é "uma possibilidade", segundo Moreno, que optou por manifestar um posicionamento "a favor da melhor opção para um povo" que comparou com o equatoriano, no sentido de estar "cansado de caudilhos" e de pessoas "que querem se perpetuar no poder".

"Não há direito a se perpetuar no poder. Uma pessoa pode até querer, mas há um direito maior: o direito da coletividade", argumentou, confiante que "há jovens que querem assumir o posto com novas e refrescantes ideias"..

"Se existe algo maravilhoso no mundo que nos rodeia é a extraordinária diversidade que temos", resumiu Moreno. EFE