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UE prepara nova posição sobre a Venezuela como ultimato para eleições

25/01/2019 13h37

Bruxelas, 25 jan (EFE).- A União Europeia (UE) prepara uma nova declaração sobre a Venezuela que deve seguir a mesma linha de países como Espanha e Alemanha, favoráveis a dar um ultimato a Nicolás Maduro para que convoque eleições ou, caso contrário, reconhecerão Juan Guaidó como presidente interino.

Os embaixadores dos Estados-membros, reunidos no Comitê Político e de Segurança do Conselho da UE, se reuniram nesta sexta-feira para preparar uma nova declaração após que foi emitida na quarta-feira pela chefe da diplomacia do bloco, Federica Mogherini, dando apoio à Assembleia Nacional da Venezuela (parlamento) como instituição legítima do país.

No entanto, o texto não dava reconhecimento explícito a Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, como presidente interino do país, como ele mesmo havia se autoproclamado.

"A UE não reconhece governos, reconhece países", argumentou a porta-voz de Mogherini, Maja Kocijancic.

Na nova declaração, os países devem insistir na necessidade de se realizar eleições presidenciais imediatas em breve, apontaram fontes diplomáticas. A ideia é que seja um último aviso a Maduro para que convoque eleições.

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, afirmou nesta sexta-feira que a Espanha propôs que a UE defina um prazo concreto para que Maduro convoque eleições livres na Venezuela e, caso não cumpra esta condição, reconheça Juan Guaidó como presidente interino do país.

Já a Alemanha exigiu a realização imediata de eleições "livres e justas" na Venezuela e indicou que está disposta a reconhecer Guaidó de forma provisória as eleições são convocadas. EFE