Topo

Guaidó agradece a Espanha, França e Alemanha por postura sobre Venezuela

26/01/2019 12h55

Caracas, 26 jan (EFE).- O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela (AN, Parlamento), Juan Guaidó, agradeceu neste sábado aos governos de Espanha, França e Alemanha pela postura que expressaram sobre a crise em seu país e cuja solução estimam que passa pela convocação de eleições.

"Na União Europeia continuam avançando para o reconhecimento e o apoio pleno da nossa luta legítima e constitucional. Agradecemos pelas palavras e o compromisso adquirido pelo presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez", disse Guaidó em mensagem publicada no Twitter.

Além disso, o político venezuelano cumprimentou a posição do presidente francês, Emmanuel Macron, que afirmou que os opositores assumiram um "compromisso com a luta pacífica" através de "todo o povo da Venezuela" para "conseguir um governo de transição e ter eleições livres".

Em uma última mensagem no Twitter, Guaidó agradeceu ao governo alemão "pelo seu compromisso com o povo venezuelano".

Estes três governos europeus anunciaram neste sábado que se o líder venezuelano, Nicolás Maduro, não convocar eleições nos próximos oito dias, reconhecerão Guaidó como presidente interino.

O governo espanhol tinha proposto ontem à União Europeia que fixasse um prazo concreto para que Maduro convocar eleições livres e, caso esta condição não se cumpra, reconhecesse Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Ao saber da proposta, Maduro acusou Sánchez de "repetir o roteiro" do ex-chefe do Governo espanhol José María Aznar "apoiando o golpe de Estado de 2002", em referência à breve separação não constitucional do poder sofrida então pelo falecido Hugo Chávez.

Guaidó elevou a tensão política na Venezuela - que vive uma grave crise econômica - ao se autoproclamar presidente interino do país diante da "usurpação" do poder por parte de Maduro na Presidência.

O líder chavista venceu com folga as eleições realizadas em maio do ano passado, que não contou com candidatos opositores por considerarem-nas fraudulentas, e tomou posse para seu novo mandato há 16 dias diante do Supremo.

Mas o antichavismo considera que Maduro "usurpa" a Presidência, já que seu segundo período de seis anos é "ilegítimo", e que portanto o Poder Executivo recai no chefe do Parlamento até que sejam convocadas novas eleições, segundo a interpretação que fazem de vários artigos da Constituição. EFE