Maduro afirma que tomará ações legais para defender filial da PDVSA nos EUA
Caracas, 28 jan (EFE).- O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que tomará ações "legais" diante das sanções impostas hoje pelos Estados Unidos contra a estatal Petróleos da Venezuela (PDVSA) e sua filial nesse país, a Citgo, empresa que, segundo afirmou, o governo de Donald Trump pretende "roubar".
"Querem roubar a empresa Citgo de todos os venezuelanos e venezuelanas. Fique alerta, Venezuela, os Estados Unidos hoje decidiram transitar o caminho de roubar a empresa Citgo da Venezuela", declarou o governante ao receber no palácio presidencial de Miraflores os chefes diplomatas que estavam destacados em território americano.
Os EUA sancionaram nesta segunda-feira a estatal PDVSA dentro do processo de pressão contra o governo Maduro, que não reconhecem como presidente legítimo, segundo anunciou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
As sanções afetam US$ 7 bilhões em ativos da PDVSA nos Estados Unidos e, de acordo com o assessor de Segurança Nacional, John Bolton, provocarão outros US$ 11 bilhões em perdas para a petrolífera ao longo do próximo ano.
Nesse sentido, Maduro disse que a medida "demonstra" que os Estados Unidos querem arrebatar da Venezuela suas riquezas naturais, e que instruiu o presidente da PDVSA, Manuel Quevedo, a iniciar "ações políticas e legais em tribunais americanos e do mundo" em defesa da "propriedade e riqueza da Citgo".
O presidente venezuelano também acusou o líder do parlamento, o opositor Juan Guaidó, de ter impulsionado estas sanções, que significam um duro golpe ao fluxo de caixa do país.
Os Estados Unidos tomaram estas medidas restritivas em meio à elevada tensão política que assola a Venezuela depois que Guaidó se autoproclamou presidente em exercício do país. EFE
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