Topo

Trump não acredita que possa pactuar orçamento que inclua muro com democratas

19.jan.2019 - Em discurso na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, apresenta nova proposta para acabar com a paralisação parcial do governo - Brendan Smialowski/AFP
19.jan.2019 - Em discurso na Casa Branca, o presidente dos EUA, Donald Trump, apresenta nova proposta para acabar com a paralisação parcial do governo Imagem: Brendan Smialowski/AFP

28/01/2019 00h30

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo (27) que não acredita que possa pactuar orçamentos com os democratas que inclua o financiamento do muro com a fronteira, uma polêmica medida que voltou a ameaçar levar adiante usando a via da emergência nacional.

Em entrevista neste domingo ao "The Wall Street Journal", Trump avaliou as possibilidades de um grupo de 17 congressistas chegar a um acordo antes das três semanas dadas de margem. "Pessoalmente acredito que é menos de 50%, mas há gente muito boa envolvida".

Precisamente, centenas de milhares de funcionários federais se preparam para retornar ao trabalho amanhã depois de Trump ter assinado na sexta-feira um decreto que dota de fundos para as próximas três semanas a Administração e permite assim sua reabertura depois de um fechamento parcial de 35 dias, o mais longo da história.

Os democratas se opõem firmemente ao conceito de muro físico com o México, mas estiveram dispostos a financiar a substituição de cercas, diques e barreiras de apoio, além de contratar mais juízes de imigração, agentes fronteiriços e tecnologia.

Trump também deixou claro que é cético sobre qualquer acordo para financiar o muro em troca de uma revisão mais ampla das questões vinculadas com a imigração.

Quando foi questionado sobre se estaria de acordo a dar uma solução para os "dreamers", imigrantes que entraram ilegalmente aos EUA, quando eram crianças, em troca de fundos do muro fronteiriço, Trump disse que "esse é um tema à parte que deve ser abordado em outro momento".

No entanto, ofereceu na semana passada três anos de proteções temporárias para os "dreamers" como parte de uma proposta mais ampla, mas os democratas disseram que queriam uma proteção mais permanente para estas pessoas, incluída a cidadania.