China exige tratamento justo dos EUA a Huawei após acusação de fraude e roubo
Pequim, 29 jan (EFE).- A China pediu nesta terça-feira que os Estados Unidos, "acabem com a sua injustificada repressão a empresas chinesas, incluindo a Huawei, e as trate de maneira objetiva e justa" depois que o governo desse país acusou a companhia tecnológica de fraude bancário e de roubo de segredos comerciais.
Em comunicado publicado no site do Ministério das Relações Exteriores chinês, um de seus porta-vozes, Geng Shuang, afirmou que "a China está muito preocupada com o processo penal apresentado pelo Departamento de Justiça dos EUA contra Huawei e sua diretora financeira, Meng Wanzhou".
"O governo chinês exigiu de maneira constante às empresas chinesas que façam sua cooperação econômica no exterior se baseando no cumprimento das leis, e pede aos países que estabeleçam um ambiente justo e não discriminatório para que as companhias chinesas operem com normalidade", acrescentou Geng.
No entanto, a China acredita que "durante um tempo, os EUA usaram os poderes públicos para desacreditar e punir as empresas chinesas, em uma tentativa de sufocar suas operações legítimas".
"Há tentativas fortes e manipulações políticas por trás disto - apontou Geng -. Exigimos com firmeza aos Estados Unidos que acabem com a sua injustificada repressão às empresas chinesas, incluindo a Huawei.
"A China defenderá com determinação os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", diz o comunicado.
Washington acusou a Huawei de cometer fraude bancária ao supostamente violar as sanções contra o Irã e roubar segredos comerciais de um rival dos EUA, enquanto confirmava seu pedido de extradição de Meng, filha do fundador da companhia, Ren Zhengfei.
Em uma ação criminal apresentada a um tribunal de Nova York, o Departamento de Justiça acusou a Huawei, duas empresas afiliadas e a direção de 13 acusações de fraude e conspiração para contornar as sanções do Irã. EFE
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