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Unicef pede US$ 70 milhões para auxiliar crianças venezuelanas

29/01/2019 10h07

Genebra, 29 jan (EFE).- O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) solicitou nesta terça-feira à comunidade internacional US$ 70 milhões para auxiliar em 2019 crianças afetadas pela crise venezuelana dentro do país e em outras nações que acolhem a comunidade migrante e refugiada.

O valor faz parte de um apelo global de US$ 3,9 bilhões de para ajudar menores vítimas de conflitos no mundo todo este ano e constitui grande parte da verba que será destinada à América Latina, de US$ 109 milhões.

"Estamos muito preocupados com a situação das crianças na Venezuela. Pedimos a todos que protejam crianças e adolescentes neste momento. Também trabalhamos em países vizinhos como Colômbia, Brasil e Equador, para ajudar às comunidades de amparo (de migrantes e refugiados venezuelanos) na recepção de famílias e crianças que cruzam a fronteira", afirmou na apresentação do pedido o diretor do Programas de Emergência do Unicef, Manuel Fontaine.

De acordo com o Unicef, os países da América Latina e do Caribe acolhem pelo menos 2,4 milhões de refugiados e migrantes da Venezuela (das 3 milhões de pessoas que deixaram o país pela crise política e econômica que sofre), um "alto e imprevisível fluxo que reduz a capacidade dos países de recepção em serviços e infraestruturas já limitados".

Outra grande verba para a região latino-americana será destinada ao Haiti, país onde o Unicef procura arrecadar US$ 24 milhões, enquanto parte dos US$ 16 milhões restantes serão para as caravanas de migrantes da América Central rumo aos Estados Unidos.

"Somos muito ativos no México, onde a nossa maior preocupação é a proteção das crianças que estão nas caravanas que partem da América Central. Trabalhamos com as autoridades mexicanas para fornecer alimentos, água e suprir necessidades básicas", ressaltou Fontaine em entrevista coletiva.

As necessidades do Unicef na América Latina para 2019 quase triplicam as de 2018, quando a organização solicitou US$ 37,4 milhões para os seus programas de ajuda, mas só arrecadou US$ 24,9 milhões. EFE