Venezuela coloca novas barreiras na principal ponte da fronteira com Colômbia
Cúcuta (Colômbia), 27 fev (EFE).- A Ponte Internacional Simón Bolívar, principal passagem entre Colômbia e Venezuela, amanheceu nesta quarta-feira com dois novos obstáculos colocados pelas autoridades venezuelanas poucas horas depois do local ter sido aberto do lado colombiano.
Os novos obstáculos são dois contêineres de carga, um azul e outro laranja, que bloqueiam o meio da ponte que liga Cúcuta e San Antonio. Em uma das laterais da estrutura, que conta com dois vias e tem cerca de dez metros de largura, há um pequeno espaço para pedestres e pelo qual passa apenas uma pessoa por vez.
Até segunda-feira passada havia no meio da ponte um caminhão cisterna, mas ele foi destruído por manifestantes contrários ao governante Nicolás Maduro e retirado da ponte. Ontem, membros da Missão Robert Serra, um programa do governo de Nicolás Maduro para os jovens, e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, Polícia militarizada) limparam o lado venezuelano da ponte.
Do lado colombiano, ficaram funcionários de Migração Colômbia, da Direção de Impostos e da Alfândega Nacional, da Defesa Civil e policias, o que é habitual quando a ponte está aberta para o controle do fluxo na fronteira.
Enquanto isso, segundo constatou a Agência Efe, muitas pessoas continuam cruzando a fronteira de forma ilegal por atalhos nas proximidades da ponte.
As autoridades colombianas pretendiam reabrir a passagem no departamento de Norte de Santander - cuja capital é Cúcuta - hoje, mas desistiram por causa dos obstáculos recolocados, assim como a presença de pessoas armadas.
A Colômbia fechou a fronteira por 72 horas para verificar os danos estruturais e garantir a integridade dos seus funcionários nesses locais. No fim de semana, a Ponte Simón Bolívar foi palco de um dos mais graves confrontos entre manifestantes e policiais. EFE
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