Nova Zelândia está em alerta máximo após ataque contra duas mesquitas
Sydney (Austrália), 15 mar (EFE).- As autoridades da Nova Zelândia elevaram, nesta sexta-feira, o nível de alerta para o mais alto após o ataque em duas mesquitas em Christchurch, onde pelo menos 40 pessoas morreram e outras 20 ficaram feridas.
As forças de segurança ordenaram o fechamento de todas as mesquitas do país por segurança, enquanto os colégios e edifícios públicos de Chrischurch também estão fechados.
"Isto só pode ser descrito como um ataque terrorista", afirmou a primeira-ministra Jacinta Ardern, em uma transmissão ao vivo direto de Wellington, capital do país.
A premier informou que quatro pessoas foram detidas e três permanecem sob custódia policial, incluindo um suspeito nascido na Austrália.
Eles causaram 30 mortes na mesquita de Al Noor e outros dez foram mortos no Centro Islâmico de Linwood, em um ataque contra imigrantes e muçulmanos, segundo a polícia.
Jacinta Ardern classificou o ataque de "extrema ideologia e extrema violência" e disse que não tem "precedentes" na Nova Zelândia, país que descrito por ela como diverso e aberto.
Ela disse que os quatro detidos estão sendo interrogados pela polícia, ao mesmo tempo que precisou que os suspeitos não tinham ficha na polícia e estavam "fora do radar" dos serviços de inteligência.
Os agentes encontraram dispositivos explosivos nos veículos e um dos agressores foi identificado como Brenton Tarrant, um australiano de Nova Gales do Sul, segundo disse um policial australiano à emissora de TV "TVNZ".
O ataque aconteceu no início da tarde, em duas mesquitas localizadas no centro de Christchurch, a maior cidade da Ilha Sul do país.
Um dos tiroteios foi retransmitido ao vivo através das redes sociais pelo agressor, que aparece em trajes militares dentro da mesquita disparando à queima-roupa em várias pessoas com uma arma automática.
Nas redes sociais também circula um manifesto dos agressores que incluiria qualificações pejorativas contra os muçulmanos.
"Ele é claramente um supremacista branco que planejou isso por dois anos", disse um analista em segurança à emissora "Radio New Zeland". EFE
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