ONU investiga se cereal distribuído em Uganda adoeceu 262 pessoas
Nairóbi, 19 mar (EFE).- O Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o governo de Uganda estão investigando se um dos "super cereais" distribuídos pela agência da ONU em dois distritos do país tem relação com uma doença que já afetou 262 pessoas e causou a morte de três pessoas.
Além disso, a diretora regional do PMA para a África Central, Erika Joergensen, explicou em comunicado que suspendeu a distribuição do "super cereal" (um alimento fortificado) no país enquanto ele é submetido a análises.
Há uma semana, o Ministério da Saúde de Uganda recebeu um alerta de vários casos de intoxicação alimentar em Karamoja, no nordeste do país.
Desde a terça-feira da semana passada, 262 pessoas apresentaram sintomas de confusão mental, vômito, dor de cabeça, febre alta e dor abdominal, e 252 já receberam alta, segundo os números apresentados pelo PMA.
Além disso, três mortes foram notificadas em 16 de março e estão sendo investigadas.
O PMA recolheu amostras desse "super cereal" e da água das regiões afetadas, assim como dos pacientes, que estão sendo avaliados em Uganda e em Mombaça, no sudeste do Quênia, e os primeiros resultados podem ficar prontos nas próximas 24 horas.
A agência da ONU distribuiu esse alimento fortificado em Uganda há 10 anos, e também em outros países, como um dos alimentos contra a desnutrição e para proteger gestantes e seus bebês em seus primeiros mil dias de vida.
O PMA também decidiu paralisar a distribuição do mesmo lote de "super cereal" em Ruanda, Somália e Quênia, apesar de nenhum caso ter sido reportado nesses países. EFE
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