Forças de Israel matam 2 palestinos e deixam 60 feridos em protestos em Gaza
Jerusalém, 22 mar (EFE).- Dois palestinos morreram em decorrência de disparos das tropas israelenses, enquanto outros 60 ficaram feridos, em uma nova sexta-feira de protestos na área fronteiriça entre a Faixa de Gaza e Israel.
Um jovem palestino de 18 anos, Khaled al Ajsham, e outro de 29, Nidal Shatat, morreram após terem sido atingidos por disparos de soldados israelenses nas mobilizações de hoje, pouco antes das chamadas Marchas do Retorno completarem um ano, informou o porta-voz de Saúde em Gaza, Ashraf al Qedra.
A primeira vítima morreu ao leste de Gaza capital e a segunda ao leste do campo de refugiados de Bureij, duas localidades onde foram registrados enfrentamentos entre os manifestantes e os soldados postados na zona fronteiriça.
Vários grupos de manifestantes queimaram pneus e lançaram pedras contra os militares, segundo afirmaram testemunhas em Gaza, que acrescentaram que os soldados lançaram dezenas de bombas de gás lacrimogêneo, assim como balas de borracha e munição real.
Meios de comunicação israelenses asseguram que também foram lançadas cerca de 200 bombas de fabricação caseira contra as tropas, sem deixar feridos.
Al Qedra denunciou que os soldados lançaram dezenas de bombas de gás lacrimogêneo contra um posto de atendimento médico perto de Al-Bureij, provocando asfixia em dezenas de pessoas.
Segundo fontes palestinas, desde que iniciaram as manifestações em 30 de março do ano passado, o exército israelense provocou a morte de 260 palestinos e feriu cerca de 29 mil, dos quais aproximadamente 40% correspondem a ferimentos a bala.
As mobilizações reivindicam o fim do bloqueio à Gaza e o direito ao retorno dos refugiados palestinos aos seus lares.
O chefe político do movimento islamita palestino Hamas, Khaled Meshaal, participou dos protestos desta tarde, com vários representantes de seu grupo e da Jihad Islâmica, e afirmou que "a ocupação é a causa direta do sofrimento de nosso povo e das manifestações do retorno e são uma ferramenta de resistência para romper com o bloqueio, confrontar a ocupação e enfatizar o direito do nosso povo a retornar".
As marchas, segundo anunciou, "continuarão até que alcancemos seu objetivo. O ocupante deve entender a mensagem". Além disso, pediu que milhares de pessoa marchem em 30 de março para comemorar o Dia da Terra e o primeiro aniversário das marchas.
Na próxima sexta-feira não haverá mobilização, já que esta será transferida para sábado, quando é esperada uma grande "marcha do milhão". EFE
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