Líder indígena contrário a construção de hidrelétrica é assassinado no México
Cidade do México, 10 mai (EFE).- Um grupo armado assassinou nesta sexta-feira o ativista e líder indígena Leonel Díaz Urbano, que era contrário à construção de uma hidrelétrica na comunidade de San Juan Tahitic, no estado de Puebla.
Os candidatos ao governo de Puebla, Enrique Cárdenas, pelo conservador Partido Ação Nacional (PAN), e Alberto Jiménez Merino, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), lamentaram a morte de Díaz Urbano e condenaram a violência generalizada no país e os perigos enfrentados pelos defensores de direitos humanos.
"Lamento profundamente o assassinato do ativista zacapoaxtla Leonel Díaz Urbano. Os direitos das comunidades e povos originais serão respeitados e defendidos no meu governo", escreveu Cárdenas no Twitter.
"Lamento profundamente a morte de Leonel Díaz Urbano, destacado priista e representante da estrutura. Desejo rápida resignação à sua família e condeno energicamente a violência sofrida hoje por nossa sociedade pueblana. Descanse em paz!", disse Jiménez Merino na mesma rede social.
Segundo meios de comunicação locais, vários homens entraram na casa do ativista durante a madrugada de sexta-feira, cometeram o assassinato e fugiram sem que as autoridades os tenham localizado até o momento.
Díaz Urbano era símbolo da luta contínua para conter a instalação de uma hidrelétrica em Tahitic, já que, segundo os ativistas, causaria danos para os povos indígenas e as terras circundantes pelo desvio do leito do rio Apulco.
Nos últimos cinco anos, a serra de Puebla foi palco de três assassinatos de ativistas, sendo o último caso em maio de 2018, quando um opositor a projetos de mineração em Cuetzalan, Manuel Gaspar, foi executado. EFE
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