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Após mais de 3 meses, Maduro ordena reabertura de fronteira com a Colômbia

"Em exercício pleno da nossa soberania, ordenei a abertura das passagens fronteiriças do estado de Táchira com a Colômbia a partir deste sábado", escreveu Maduro em seu Twitter - AFP
"Em exercício pleno da nossa soberania, ordenei a abertura das passagens fronteiriças do estado de Táchira com a Colômbia a partir deste sábado", escreveu Maduro em seu Twitter Imagem: AFP

07/06/2019 22h10

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou nesta sexta-feira a reabertura de parte das passagens que ligam o país à Colômbia.

"Em exercício pleno da nossa soberania, ordenei a abertura das passagens fronteiriças do estado de Táchira com a Colômbia a partir deste sábado. Somos um povo de paz que defende firmemente nossa independência e autodeterminação", escreveu Maduro no Twitter.

A fronteira entre Venezuela e Colômbia estava fechada desde 22 de fevereiro, véspera da tentativa da oposição de tentar levar à força ajuda humanitária pelas passagens que ligam Táchira ao estado colombiano de Norte de Santander.

Desde então, a passagem por três das quatro pontes que ligam os dois países na região estava restrita. Apenas pessoas com razões médicas ou estudantes podiam cruzá-las. A ponte de Tienditas, a quarta ligação entre Venezuela e Colômbia, seguiu fechada para pedestres e veículos.

Nos últimos anos, o governo de Maduro determinou o fechamento das fronteiras terrestres e marítimas da Venezuela em várias oportunidades, alegando ingerência estrangeira e outros motivos contra a chamada revolução bolivariana.

A Venezuela compartilha fronteira com a Colômbia em outras duas regiões, nas quais as passagens de pedestres estão sendo realizadas com as mesmas restrições aplicadas em Táchira.

O fluxo migratório entre os dois países tem ocorrido por acesso ilegais, alguns deles próximos aos postos controlados pelas forças de segurança.

A Venezuela afirma que 5 milhões de colombianos vivem no país. Por outro lado, a ONU estimou nesta sexta-feira que 4 milhões de venezuelanos já deixaram o país desde 2016 para fugir da crise econômica.