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ONU eleva para 53 número de vítimas de ataque a centro migrante na Líbia

Centro de imigrantes e refugiados atingido por bombardeiros em Tajoura, na Líbia - Ismail Zitouny/Reuters
Centro de imigrantes e refugiados atingido por bombardeiros em Tajoura, na Líbia Imagem: Ismail Zitouny/Reuters

Em Genebra

05/07/2019 08h09

A ONU elevou ontem para 53 o número de vítimas fatais após o ataque de terça-feira passada a um centro de detenção de migrantes em Trípoli, capital da Líbia, segundo confirmou um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM), órgão dependente das Nações Unidas, em entrevista coletiva.

Entre os mortos estavam seis crianças e há cerca de 130 pessoas feridas, detalhou o porta-voz, Joel Millman.

No centro de detenção, situado na cidade de Tajura, no sul de Trípoli, havia mais de 600 migrantes detidos de mais de 71 nacionalidades, na maioria africanos.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), guardas de segurança líbios dispararam contra os refugiados e migrantes que tentavam escapar do bombardeio.

"Insistimos que deve haver uma investigação clara e independente que esclareça como estes fatos aconteceram e quem é responsável", reiterou hoje o porta-voz da OIM.

A Líbia está imersa em um longo conflito desde que a Otan contribuiu em 2011 para que grupos rebeldes vencessem quando terminou a ditadura de mais de 40 anos de Muammar al Khadaffi.

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