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Imprensa local afirma que renúncia de governador de Porto Rico é "iminente"

24/07/2019 02h22

San Juan, 24 jul (EFE).- A renúncia do governador de Porto Rico, Ricardo Rosselló, imersa em uma crise política sem precedentes na ilha, é uma questão de horas e até mesmo iminente, segundo informou na terça-feira a imprensa porto-riquenha.

De acordo com "El Nuevo Día", um dos principais jornais da ilha, a secretária de Justiça, Wanda Vázquez, seria sua sucessora.

Por mandato constitucional deveria ser o secretário de Estado, Luis Rivera, mas foi forçado a renunciar por ser um dos integrantes da conversa em um aplicativo de mensagens que desencadeou a crise institucional que vive a ilha há 11 dias.

"Diversas fontes" disseram ao jornal que Rosselló "teria gravado uma mensagem de despedida, que será transmitida antes do meio-dia (hora local)" de hoje.

Por sua parte, "Noticentro TV" revelou, segundo fontes próximas a La Fortaleza - sede do executivo - que o anúncio ocorrerá amanhã e rejeitou que Rosselló já tivesse gravado uma mensagem.

Segundo a "Noticentro TV", a decisão seria precipitada pelo vazamento que o relatório encomendado pelo presidente da Câmara dos Representantes de Porto Rico, Carlos Méndez, a três juristas para ver se há base para iniciar o julgamento político, recomenda realizá-lo.

Agora, dois terços da Câmara devem aprovar o estudo dos três advogados e, depois, terão de dar luz verde a três quartos do Senado.

A análise de especialistas indica que as mensagens "contêm cinco acusações graves e uma menos grave".

Outro jornal, "El Vocero", publica que a saída do governador "ocorreria a qualquer momento" e revela que o secretário de Justiça esteve reunida "mais de uma hora com Rosselló na tarde de terça-feira".

Porto Rico, um estado livre associado aos Estados Unidos, está passando por uma crise política depois que o conteúdo de um polêmico bate-papo foi revelado, no qual o governador, juntamente com um grupo de conselheiros íntimos, zomba e insulta artistas, jornalistas, grupos LGBT e políticos, entre outros. EFE