Casa Branca convida empresas de tecnologia para debate sobre extremismo
Washington, 7 ago (EFE).- A Casa Branca convidou nesta quarta-feira as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos para uma reunião que analisará o aumento do extremismo na internet, iniciativa tomada após os tiroteios de El Paso, no Texas, e Dayton, em Ohio, cidades onde 31 pessoas morreram no fim de semana passado.
A Casa Branca não detalhou quais empresas foram convidadas nem explicou se o presidente dos EUA, Donald Trump, estará presente no encontro, que será realizado na sexta-feira.
Em comunicado, uma das porta-vozes da Casa Branca, Judd Deere, se limitou a dizer que "a Casa Branca convidou empresas de internet e tecnologia para um debate sobre o extremismo na internet". Segundo ela, "o encontro acontecerá na sexta-feira e incluirá altos cargos do governo e representantes de uma ampla categoria de empresas".
No fim de passado, dois homens brancos utilizaram fuzis de assalto para disparar contra pessoas em um shopping de El Paso e em uma área de lazer em Dayton, deixando um total de 31 mortos.
No caso de El Paso, o autor do tiroteio supostamente divulgou um manifesto racista no qual explicou que o ataque era uma "resposta à invasão hispânica do Texas", estado que faz fronteira com o México.
O documento contém linguajar similar ao que Trump utilizou em várias ocasiões ao se referir à comunidade hispânica, especialmente nos discursos de campanha. O governante também já afirmou que a imigração procedente de América Latina é uma "invasão" aos EUA.
Esse manifesto, cuja autoria ainda não foi confirmada, foi publicado no fórum "8chan". Após o tiroteio, duas empresas provedoras de serviços de segurança anunciaram o rompimento de relações com o site e provocaram a sua queda.
Segundo dados do FBI (polícia federal dos EUA), 27% dos autores dos tiroteios em massa nos Estados Unidos nos últimos anos interagiram "de forma significativa" na internet com outros usuários antes de realizarem os massacres, a maioria em plataformas que seguem o estilo do "8chan". EFE
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