Futuro presidente, Benítez diz que Mercosul deve "revigorar a democracia"
Bento Gonçalves (RS), 5 dez (EFE).- O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, disse nesta quinta-feira que o Mercosul tem como grande compromisso revigorar as instituições democráticas "com mais democracia e não com a anarquia", em referência aos protestos desencadeados em vários países da América Latina.
"Temos o grande compromisso de revigorar a democracia, melhorar as democracias com mais democracia e não com a anarquia", disse Abdo Benítez, durante a 55ª cúpula dos chefes de Estado do Mercosul, realizada na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.
Além do paraguaio, participam da cúpula o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, e a vice do Uruguai, Lucía Topolansky, representando o presidente Tabaré Vázquez, ausente por conta do tratamento de câncer de pulmão.
Abdo Benítez, que assumirá a presidência semestral do bloco atualmente com Bolsonaro, ratificou seu "profundo compromisso" com o Mercosul e o processo de integração como a melhor ferramenta para "alcançar os objetivos e demandas dos cidadãos".
Além disso, pediu que seja reforçada a credibilidade das instituições democráticas e mais esforço "no combate à corrupção e impunidade, para recuperar a confiança do nosso povo".
"Estamos empenhados em reforçar os valores democráticos, bem como o Estado de direito e os direitos humanos", completou.
Durante seu discurso, o presidente paraguaio destacou o acordo de facilitação do comércio entre os países-membros do Mercosul, que afeta as cidades fronteiriças, assim como o reconhecimento mútuo de assinaturas digitais.
Nos próximos seis meses, onde ocupará a presidência do bloco, Abdo Benítez se comprometeu dar continuidade e promover "ações para consolidar os pilares do processo de integração".
Entre as questões prioritárias, ele citou dar um novo impulso ao Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), à agenda digital, ao comércio eletrônico e ao fortalecimento da rede de micro, pequenas e médias empresas do bloco, bem como ao empoderamento de jovens e mulheres. EFE
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