Brasil, EUA e Colômbia não reconhecem eleição no parlamento da Venezuela
Pelo Twitter, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não reconhecerá a eleição realizada hoje e criticou Maduro por impedir a entrada da oposição no parlamento.
"Em Caracas hoje, Maduro tenta impedir, à força, votação legítima e reeleição de Juan Guaidó para a presidência da Assembleia Nacional e do governo interino, crucial para a redemocratização do país. O Brasil não reconhecerá qualquer resultado dessa violência e afronta à democracia", disse Araújo no Twitter.
Já o governo dos Estados Unidos chamou a eleição de Parra como uma "farsa" e que seguirá apoiando Guaidó como presidente interino da Venezuela, posição também adotada por Brasil e Colômbia.
"Guaidó segue sendo o presidente interino da Venezuela sob a Constituição. A sessão falsa da Assembleia Nacional nesta manhã careceu de quórum legal. Não houve votação", disse o responsável pela América Latina no Departamento de Estado dos EUA, Michael Kozak.
"As ações desesperadas do antigo regime de Maduro, impedindo ilegalmente com uso da força a entrada de Guaidó e da maioria dos deputados da Assembleia Nacional, fez com que a 'votação' desta manhã, que carece de quórum e não cumpre os padrões institucionais mínimos, seja uma farsa", completou o representante da diplomacia americana.
O governo da Colômbia também publicou comunicado no qual informa que não reconhecerá o resultado da eleição para a presidência da Assembleia Nacional da Venezuela.
"O resultado de um processo eleitoral realizado de maneira fraudulenta, sem transparência e garantias, não será reconhecido pelo Estado colombiano", afirmou o Ministério das Relações Exteriores do país.
Eleito presidente por chavistas e parte de uma dissidência da oposição chamada de corrupta por Guaidó e aliados, Parra é ex-integrante do partido Primeiro Justicia, que também condenou a eleição.
Enquanto as forças de segurança comandadas por Maduro impediam a entrada de Guaidó e outros deputados leais a ele, até então presidente da Assembleia Nacional, os parlamentares governistas e os opositores da ala de Parra tiveram livre acesso ao Palácio Legislativo.
Guaidó chegou a tentar pular a cerca que protege o prédio, mas foi impedido por agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional Bolivariana.
Brasil, Estados Unidos e Colômbia reconhecem Guaidó como presidente interino da Venezuela desde o início do ano passado. Desde então, o governo de Donald Trump aumentou as sanções econômicas impostas ao país e às principais figuras do chavismo. EFE
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