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Cientistas desenvolvem teste não invasivo para câncer de próstata

04/03/2020 23h02

Miami, 4 mar (EFE).- Cientistas do Centro de Câncer Johns Hopkins Kimmel, de acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira pela revista "Nature Scientific Reports", desenvolveram uma maneira de detectar o câncer de próstata de forma não invasiva, através da urina.

Esta pesquisa analisou a urina de 126 pessoas, incluindo pacientes com câncer de próstata, hiperplasia benigna da próstata, doenças associadas à prostatite e indivíduos saudáveis através do sequenciamento de RNA e espectrometria de massa.

"Um exame de urina simples e não invasivo para o câncer de próstata seria um passo importante no diagnóstico", disse o professor assistente do centro e principal pesquisador do estudo, Ranjan Perera.

A American Cancer Society estima que em 2020 haverá 191.930 casos de câncer de próstata e cerca de 33.330 pessoas morrerão desta doença.

Além disso, um em cada nove homens é diagnosticado em algum momento de sua vida, sendo mais comum entre pessoas com mais de 65 anos e negros, embora mais de 3,1 milhões de pacientes sobrevivam após o diagnóstico.

No entanto, a detecção precoce é essencial para o sucesso do tratamento.

Normalmente, os pacientes são submetidos a um exame de sangue para determinar o nível de antígeno prostático específico (PSA), que é uma proteína produzida pelas células normais, bem como por células malignas da próstata.

Se os resultados oferecerem níveis anormais dessa proteína, o médico deverá realizar um exame digital do reto para determinar se o paciente desenvolveu câncer de próstata, embora os especialistas digam que eles nem sempre são confiáveis.

Os cientistas especificaram que são necessários estudos maiores antes que esta análise esteja pronta para uso clínico, uma vez que, embora os pesquisadores tenham descoberto alterações específicas no RNA e nos metabólitos urinários dos pacientes, isso deve ser confirmado em um grupo maior.