EUA exigem que Coreia do Norte evite "mais ações contraproducentes"
Washington, 16 jun (EFE).- O governo dos Estados Unidos exigiu nesta terça-feira que a Coreia do Norte evite "mais ações contraproducentes", após o regime destruir um escritório de negociações com a Coreia do Sul, incidente que representou o maior aumento da tensão na península desde 2007.
"Os EUA apoiam plenamente os esforços da Coreia do Sul nas relações intercoreanas e insiste que a Coreia do Norte evite mais ações contraproducentes", disse à Agência Efe um porta-voz do Departamento de Estado americano.
A detonação do escritório ocorreu às 14h49 (horário local; 2h49 em Brasília), possivelmente em resposta ao envio de balões com propaganda contra o regime norte-coreano lançados por ativistas da Coreia do Sul.
A Coreia do Norte parece ter ignorado o fato de que o governo da Coreia do Sul denunciou imediatamente os ativistas para impedir que voltem a enviar mensagens. Kim Yo-jong, irmã de Kim Jong-un, já havia ameaçado a Coreia do Sul no fim de semana com a possibilidade de demolir o prédio.
Após saber a notícia, o governo sul-coreano convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional e afirmou em comunicado que a destruição do edifício "impacta as expectativas das pessoas que desejam promover relações entre os países e estabelecer a paz na península".
Em 2018, Coreia do Norte e EUA iniciaram um processo de negociação que resultou em duas reuniões entre o presidente americano, Donald Trump, e Kim Jong-un: a primeira em junho de 2018, em Singapura, e a segunda em fevereiro de 2019, em Hanói, que terminou sem acordo sobre o processo de desnuclearização.
Em dezembro de 2019, a Coreia do Norte anunciou a suspensão das negociações com os EUA, embora o governo de Trump tenha defendido manter o diálogo aberto.
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