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Cazaquistão nega informação da China sobre pneumonia 'mais letal que a covid-19' no país

Segundo o Ministério da Saúde cazaque, o suposto registro de uma "pneumonia desconhecida" no país é "fake news" - Getty Imagens
Segundo o Ministério da Saúde cazaque, o suposto registro de uma 'pneumonia desconhecida' no país é 'fake news' Imagem: Getty Imagens

10/07/2020 14h34Atualizada em 11/07/2020 13h34

O Cazaquistão negou as informações divulgadas pela embaixada da China no país sobre o registro de uma "pneumonia desconhecida", que teria taxa de letalidade mais alta que a covid-19, provocada pelo novo coronavírus.

"O Ministério da Saúde da República do Cazaquistão oficialmente declara que esta informação não se ajusta com a realidade", diz comunicado oficial, divulgado junto com uma imagem que continha a inscrição "fake news".

Na quinta-feira (9), veículos da imprensa chinesa, como "Global Times", "South China Morning Post" e "CGTN", veicularam que a embaixada da China na antiga república soviética compartilhou, na plataforma WeChat, informações que teriam sido extraídas da mídia cazaque sobre a incidência de pneumonia nas cidades de Atirau, Aktobe e Shymkent.

A embaixada sustentou que, na primeira metade do ano, essa pneumonia teria provocado 1.772 mortes, sendo 628 registradas apenas no mês passado. Algumas das vítimas, inclusive, seriam chinesas.

"A taxa de letalidade da doença é muito mais alta do que a do novo coronavírus", aponta o texto da representação diplomática.

Ainda segundo as informações divulgadas ontem pela embaixada da China, o Ministério da Saúde do Cazaquistão e outros órgãos estariam realizando um "estudo comparativo sobre o vírus da pneumonia, mas ainda não conseguiram identificá-lo".

Ontem, porém, as autoridades da antiga república soviética indicaram que a contabilização de casos da doença, seja de origem bacteriana, viral ou fúngica, que também incluem "pneumonias virais de organismos não especificados", estão dentro das diretrizes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

"É importante destacar que a OMS introduziu códigos de pneumonia na Classificação Internacional de Doenças, nos casos em que a covid-19 é diagnosticada clínica ou epidemiologicamente, por exemplo, com as opacidades in vitro nos pulmões afetados, mas não com confirmação em laboratório", aponta o comunicado.

"O Cazaquistão, como outros países, mantém um registro e uma vigilância nestes tipos de pneumonias, com o objetivo de tomar decisões oportunas, voltadas a estabilizar a incidência e a prevalência da covid-19", completa o texto.

A antiga república soviética tem hoje 56.455 casos confirmados de covid-19, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins. No território cazaque, desde o início da pandemia, 264 pessoas morreram em decorrência da doença.