Vice-ministro boliviano diz que Evo teve filha com uma menor de idade
Guido Melgar, vice-ministro interino de Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção da Bolívia, disse hoje que existe uma criança registrada formalmente como filha do ex-presidente do país, Evo Morales, e de uma menor que tinha 16 anos no momento do parto, em agosto de 2016.
Segundo o integrante do governo, documentação que comprovaria a existência da criança foi recebida pelo Ministério da Justiça, em meio a acusações de abuso sexual de menores cometido pelo antigo mandatário, que renunciou ao cargo em novembro do ano passado.
"A menor existe, a mãe existe, e a menor tem como pai registrado Juan Evo Morales Ayma", afirmou Melgar, em entrevista coletiva.
Segundo o vice-ministro, os documentos sobre o nascimento da criança, em agosto de 2016 — quando a suposta mãe era menor de idade —, foram encaminhados para a Defensoria da Infância e da Adolescência do país, para que seja investigado um possível "abuso sexual de menor".
Segundo Melgar, a veracidade das informações que constam nos papéis já foi verificada pelos órgãos de registro e identificação da Bolívia.
Na semana passada, o Ministério da Justiça já havia revelado outra denúncia contra Morales por abuso sexual cometido contra adolescente menor de idade.
Em 2016, o ex-presidente, que nunca se casou e é pai de dois filhos, de diferentes relacionamentos, foi apontado como tendo uma terceira criança, que não era conhecida publicamente.
Inicialmente, Morales afirmou que o filho tinha morrido logo depois de nascer, mas depois garantiu que nunca existiu.
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