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Biden anuncia sanções a Mianmar e exige renúncia de militares

Stefani Reynolds-Pool/Getty Images
Imagem: Stefani Reynolds-Pool/Getty Images

EFE

10/02/2021 23h53

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quarta-feira a imposição de sanções econômicas a membros do governo militar que tomou o poder na semana passada em Mianmar, e insistiu que os militares "devem renunciar".

Os militares de Mianmar "devem renunciar ao poder tomado e demonstrar respeito pela vontade do povo, expressada nas eleições de 8 de novembro", comentou Biden em discurso na Casa Branca.

"Identificaremos uma primeira rodada de alvos nesta semana, e também vamos impor fortes controles às exportaçes", acrescentou o mandatário americano.

Em concreto, Biden anunciou o congelamento de US$ 1 bilhão que o governo de Mianmar tem nos EUA para evitar que o dinheiro "seja controlado pelos generais".

No dia 2 de fevereiro, um dia após a revolta militar, o governo de Biden classificou o ato como golpe de Estado e anunciou que restringiria a ajuda voltada às autoridades de Mianmar, mais ainda mantendo a assistência humanitária à população, incluindo a minoria rohingya.

Desde o golpe de Estado, ao menos 190 pessoas foram detidas e 19 delas foram liberadas depois, informou nesta quarta-feira a Associação para a Assistência de Presos Políticos em Mianmar.

Milhares de pessoas em Mianmar desafiaram na terça-feira a lei marcial decretada no dia anterior pelos militares em várias vidades e distritos de Rangum, a antiga capital e cidade mais populosa, para expressar rejeição ao governo militar, liderado pelo general Min Aung Hlaing.

Em discurso à nação na noite de segunda-feira, o general alegou uma grande fraude nas eleições de 8 de novembro como argumento para justificar a tomada do poder.

As eleições, nas quais os observadores internacionais não identificaram nenhum problema, foram vencidas, como em 2015, pela Liga Nacional para a Democracia, da vencedora do prêmio Nobel da Paz de 2001 Aung San Suu Kyi, com 83% dos votos.