Chile veta vacina da AstraZeneca para mulheres com menos de 55 anos
"A taxa de notificação de trombose é muito baixa, no entanto, para resguardar a segurança absoluta, (a vacina) será usada nesta população", afirmou a subsecretária de Saúde, Paula Daza.
A decisão foi tomada por recomendação do Instituto de Saúde Pública, que considerou as indicações da Agência Europeia de Medicamentos e assegurou que "os casos de coágulos sanguíneos foram apresentados em mulheres jovens" e que "os benefícios da vacina superam os riscos".
O Chile já vacinou mais de 50% da população-alvo (cerca de 13 milhões de habitantes) com ao menos uma dose, e mais de 35% já receberam duas doses.
Embora o país tenha um dos processos de vacinação mais rápidos e bem-sucedidos do mundo, o governo não tem conseguido frear a propagação do vírus.
Desde o final de março, entre 80% e 90% da população está confinada para conter o avanço da segunda onda da pandemia, que deixou o sistema hospitalar à beira do colapso, inclusive na capital, que mantém desde então todos os comércios fechados, exceto os de primeira necessidade.
A taxa de ocupação nos leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) supera 95% há semanas. Nas últimas 24 horas, foram contabilizadas 3.364 pessoas internadas em UTis, o que significa que restam apenas 198 vagas em todo o país.
Desde ontem, foram reportados cem novas mortes por complicações da covid-19 e 6.643 novos casos, totalizando 25.277 óbitos e mais de 1,13 milhões de contágios desde que o coronavírus chegou ao Chile.
Para frear a propagação do vírus, as fronteiras estão fechadas e as eleições que seriam realizadas em 10 e 11 de abril foram adiadas para 15 e 16 de maio. O Chile se encontra em estado de exceção por catástrofe há mais de um ano e com toque de recolher das 21h às 5h. EFE
pnm/vnm
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